Objetivando a preservação dos pontos turísticos e uma maior acessibilidade aos turistas que visitam a cidade, Águas Belas começou a preparação do seu Plano Municipal do Turismo que vai englobar todas as rotas turísticas, bem como a gastronomia e as hospedarias da cidade. A Cidade Multicultural possui três etnias (branco, negro e índio) convivendo pacificamente, além dos caboclos. A arquitetura local também será evidenciada e catalogada como forma de preservação.
De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Izaquiel Braz, Águas Belas possui uma carga histórica muito forte e sob diversos aspectos. Na cultura cabocla existem como pontos fortes o samba de pé, o samba de coco, as cantigas de bater feijão, toadas, vaquejada, pega de gado e rezas de ‘incelência’. Porém, o carro-chefe do turismo no município é a cultura indígena Fulni-ô, com a preservação suas lendas, danças, costumes e tradições, realçando a riqueza da língua Yathê que é exclusiva dos povos que vivem nessa região.
Entre os detalhes do patrimônio arquitetônico do município, serão incluídos o Cruzeiro, datado de 1900, a Igreja Matriz onde se localizada a imagem de Nossa Senhora da Conceição encontrada pelos índios em uma lagoa que exista na localidade, além da Casa do Coronel João Nunes e a sede da Fazenda Nova. Nesse patrimônio estão inclusos ainda a Capela de São Manoel da Paciência, onde a população ainda reza a trezena em latim. “A capela foi construída em 1889 é em homenagem a um santo desconhecido da Igreja Católica, mas muito reverenciado em Águas Belas. A festa ocorre sempre na primeira semana de julho”, detalha.
No que diz respeito às riquezas naturais, estão no Plano a mata da Serra das Antas, bem como os sítios arqueológicos. Quando o assunto é gastronomia, o destaque em Águas Belas é o pirão de galinha de capoeira, comum nos bares e restaurante da zona rural. O secretário prevê para os próximos meses a divulgação do Plano Municipal de Turismo na versão completa.
Texto: Edméa Ubirajara
