Exposição, palestras e homenagens marcam a data na qual o município relembra a execução de 15 pessoas em embate por ideais políticos
Antigo prédio da cadeia de Garanhuns, onde aconteceu o massacre. Atualmente funciona a Compesa na Praça Irmãos Miranda |
SECOM GARANHUNS
Até o próximo dia 15 de janeiro uma das maiores tragédias da história de Garanhuns está sendo relembrada. A programação oficial do Centenário da Hecatombe reúne exposição, palestras, culto de ação de graça, missa, sessão solene na Câmara de Vereadores, caminhada e fixação de uma placa alusiva à data no prédio da Compesa, na Praça Irmãos Miranda, local onde ocorreu o fato histórico. Toda a articulação para que a data se mantenha viva na memória local está sendo realizada pelo Instituto Histórico e Geográfico e Cultural de Garanhuns (IHGCG).
O episódio de Hecatombe ficou marcado por ser uma série de assassinatos de comerciantes e políticos. O resultado da eleição de sete de janeiro de 1917 teria motivado os assassinatos. Sales Vilanova, opositor político, matou o então prefeito eleito, Júlio Brasileiro, que não chegou a tomar posse, pois seria assassinado no dia 14 de janeiro, em Recife, capital do Estado. As outras pessoas foram assassinadas dentro da cadeia pública, onde estavam sob guarda. Os documentos mostram que mais de 15 pessoas foram mortas no período.
Esses fatos foram revisitados e catalogados por uma Comissão que organizou toda a programação do Centenário. Desde a terça (10), na sede do Instituto, acontecem eventos alusivos ao centenário, como o apresentado pelo Vereador Audálio Ramos Machado Filho, sobre os trabalhos da Comissão da Hecatombe. Na quarta-feira (11), o professor e escritor Antônio Vilela ministrou a palestra “O Cangaço no Agreste Meridional”. No dia seguinte (12) o professor e escritor José Cláudio Gonçalves de Lima abordou o tema “Hecatombe de Garanhuns – Interpretação Baseada na Política Salvacionista”, na sede da Academia de Letras de Garanhuns, às 19h30. A programação contou na sexta-feira (13) com uma Sessão Solene solicitada pelo 9º BPM para homenagear o Cabo Cobrinha e os soldados mortos na Hecatombe. Na mesma ocasião, foi proferida pelo escritor Geraldo Ferraz a palestra “O jovem Tenente Theophanes Ferraz Torres e suas enérgicas providências na Hecatombe de Garanhuns”.
Neste domingo, data exata na qual há 100 anos acontecia a tragédia, terá Caminhada da Paz “Caminhantes do Parque”, com saída às 7h do Parque Euclides Dourado e fixação de placa na Loja de Atendimento da Compesa (antiga cadeia), às 9h. Para às 10h, está programado um culto na Igreja Presbiteriana Central e às 19h30 uma missa na Catedral de Santo Antônio. Até o dia 31 de janeiro tem continuidade a exposição do Memorial da Hecatombe de Garanhuns, sempre das 08h às 17h, na sede do IHGCG.
Serviço
Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns
Praça Dom Moura, 44, Centro
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