terça-feira, 14 de agosto de 2018

Quais os candidatos a presidente com chance de segundo turno?

Mesmo que Lula não seja candidato, sua influência pode ser decisiva na eleição para presidente




Atualmente as pesquisas apontam Lula (PT) com cerca de 30% das intenções de voto, Bolsonaro (PSL) na faixa dos 20%, e três candidatos orbitando nos 10%, Marina (Rede), Ciro (PDT) e Alckmin (PSDB). Nesta ordem.

Sem Lula candidato, seu apoio vai para o correligionário Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, que pula de 2% e chega a 13%, ficando atrás apenas de Bolsonaro, que não ganha, significativamente, votos de Lula.

Alckmin tem uma coligação que lhe oferece mais tempo de TV, mais dinheiro e estruturas eleitorais em todos os estados do país. O que Alckmin tem de vantagens equivale a todos os outros somados. Além disso, sai de São Paulo, maior colégio eleitoral, e naturalmente tira votos da centro-direita de Bolsonaro. 

Portanto, o segundo turno estaria entre Bolsonaro e Haddad ou Alckmin, tudo vai depender do crescimento de Alckmin. Se ele cresce bem, entrando no eleitorado de Bolsonaro, cada voto que tiver é um a menos do capitão, podendo até tirar o líder das pesquisas (sem Lula) da disputa no final de outubro. Mas se Alckmin crescer menos do que se espera e não alcançar Bolsonaro, vai brigar pela outra vaga com Haddad.

Contudo, se não está claro ainda para a grande massa eleitoral do país que Haddad é o candidato de Lula, quando isto for para a TV, Rádio e o povão tomar ciência, muito provavelmente o petista vai crescer bastante, aproximando-se de Bolsonaro (ou até passá-lo). Como o voto Lulista dificilmente vai para Bolsonaro e Alckmin, Haddad tem espaço para crescer. 

Ciro e Marina têm bom discurso, mas a falta de estrutura comparada a PT e PSDB, e ainda o fato de Bolsonaro vir agradando grande parte da população, dificulta brigar de igual para igual, somente em uma campanha heroica poderia se pensar em um dos dois disputar o segundo turno. Mas política não é uma ciência exata.

Nomes como Álvaro Dias e Henrique Meirelles não têm densidade eleitoral e o Cabo Daciollo seria cômico, se não fosse trágico, ter uma opção assim em uma campanha para Presidente da República. Como disse Ciro, é o preço que se paga pela Democracia.

A campanha ainda vai começar, mas deve ser isto: Bolsonaro, Alckmin e Haddad disputam duas vagas no segundo turno, e Marina e Ciro correm por fora, tentando surpreender as principais forças políticas do país.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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