Candidato derrotado duas vezes ao Palácio do Campo das Princesas, Armando Monteiro parece ter tirado um ano sabático da política, mas uma vez neste ramo, é muito difícil sair, está no sangue. Então, quais os caminhos que pode tomar o ex-senador quando voltar à ativa?
É bom recordar seus últimos posicionamentos. Mesmo candidato a governador, não tomou partido para presidente, ou seja, passou todo o período eleitoral sem designar seu voto, disse apenas que seria em Lula, se este fosse candidato. Depois, quase fechou com Ciro, não foi para Haddad, Marina e muito menos Bolsonaro, a quem teceu críticas contundentes, aliás, foi bastante coerente com sua história política recente de apoio a Lula e Dilma, de quem foi ministro. Fernando Bezerra Coelho e seu filho foram ministros dos petistas, mas no primeiro bonde pularam no governo de Bolsonaro.
Armando não deve ser mais candidato a governador, vaga da oposição que deve ficar com FBC. Então restaria ao trabalhista disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados ou até mesmo para senador. Na Casa Alta, a vaga em disputa em 2022 será a cadeira ocupada atualmente pelo próprio Fernando Bezerra, que foi eleito pela Frente Popular, assim como os demais senadores de Pernambuco.
Armando senador na chapa de FBC, acho difícil. O sertanejo não fez o esforço esperado na última campanha em favor do aliado, provavelmente esperando ocupar este espaço da oposição no estado. E provavelmente Armando não queira mais o esforço maior de uma candidatura contra o Status Quo.
E tem mais. No palanque de Fernando Bezerra estaria Bolsonaro e seu governo, que sofrem fortes críticas no Nordeste, imaginem em Pernambuco.
Jarbas e Raul Henry estão cada vez mais próximos de Fernando, não tem mais briga pelo comando do MDB no estado, e há incentivo até para o ex-vice de Paulo Câmara disputar a prefeitura do Recife contra o PSB. Seria o rompimento.
Voltando a Armando. Se ele manteve a coerência no discurso nacional apoiando Lula e Dilma, isto o aproxima do atual momento da Frente Popular de Pernambuco, no qual o PSB tem papel de protagonista no estado e é uma das forças de resistência em Brasília.
Armando deve continuar em silêncio, mas não surpreenderia, se a exemplo do prefeito de Garanhuns, Izaías Régis, seu fiel escudeiro, convidasse os socialistas para fumar o cachimbo da paz, e ensaiar um novo momento político.
Sendo somente uma vaga ao senado, tem muita gente na fila de espera, e é lógico que a vaga da Frente Popular para o senado está reservada para o governador Paulo Câmara que estará no final do seu mandato.
De volta ao grupo, Armando poderia agregar à Frente Popular a força que talvez perca com a ensaiada partida do MDB de Raul e Jarbas. Aliados da Frente Popular não vão faltar para fazer este meio de campo, como podem ver na foto que ilustra este post. O ideal para a Frente Popular é que Jarbas e Raul entendam a importância que têm no conjunto das forças agregadas, principalmente neste momento de turbulência política no Brasil.
De volta ao grupo, Armando poderia agregar à Frente Popular a força que talvez perca com a ensaiada partida do MDB de Raul e Jarbas. Aliados da Frente Popular não vão faltar para fazer este meio de campo, como podem ver na foto que ilustra este post. O ideal para a Frente Popular é que Jarbas e Raul entendam a importância que têm no conjunto das forças agregadas, principalmente neste momento de turbulência política no Brasil.
E antes que pensem que temos informações, são somente as conjecturas do blogueiro, mas fomos os primeiros a decifrar que Armando deixaria a Frente Popular para ser o candidato apoiado pelo PT de Lula naquela época, em jantar no SESC Garanhuns, quando este antevia que não receberia o apoio de Eduardo. Agora, quem sabe estejamos acertando outra, o caminho da volta.