A programação da IV Bienal do Livro do Município de Garanhuns foi divulgada, na manhã desta quarta-feira (16), em uma coletiva de imprensa realizada no auditório da Secretaria de Educação.
Entre os principais nomes da feira, estarão o escritor Raimundo Carrero, o poeta Jessier Quirino, a jornalista esportiva Carol Barcelos e o educador Celso Antunes, além de outros nomes do cenário cultural. A Secretaria de Educação traz apresentações de peças teatrais com alunos da rede municipal, rodas de conversa com artistas garanhuenses, shows de bandas marciais e grupos musicais e outras atividades culturais.
De acordo com o presidente da Andelivros, Alventino Lima, o principal objetivo da IV Bienal é trazer o hábito da leitura para a população. “A magnitude da Bienal de Garanhuns é uma vitória para a Andelivros e para toda a região. Entre os eventos que realizamos no estado, o público garanhuense se destaca pois é o que mais compra livros. A nossa missão é fazer com que as pessoas criem o hábito da leitura e tenham contato com a literatura desde a infância”, ressaltou.
O escritor e professor da Rede Municipal de Ensino José Cláudio Gonçalves de Lima é um dos grandes homenageados da IV Bienal do Livro do Município de Garanhuns, junto ao jornalista Humberto de Moraes (in memorian). O escritor agradeceu a homenagem. “Gostaria de agradecer à Prefeitura e a Andelivros pela homenagem que estou recebendo. Quero dividi-la com todos os escritores de Garanhuns, que buscam trabalhar sempre em favor do descobrimento de novos talentos e preservação da cultura da cidade”, comentou.
Homenageados — José Cláudio Gonçalves de Lima nasceu em Garanhuns no dia 06 de agosto de 1971 e seu amor pela leitura iniciou ainda na infância, onde lhe foi despertado o dom literário. Sua carreira na literatura foi oficializada em 2009, com a publicação do seu primeiro livro, o romance histórico intitulado ‘Os Sitiados – A Hecatombe de Garanhuns’, uma das maiores tragédias políticas do interior de Pernambuco, ocorrida em Garanhuns em 15 de janeiro de 1917.
Em 2012, o professor publicou o livro ‘República’, uma ficção que narra de forma hilariante a vida na cidade interiorana de República, dominada pelo coronel Antônio Brandão. Em 2017, em virtude, do Centenário da Hecatombe de Garanhuns, lançou seu terceiro livro ‘A cobertura Jornalística da Hecatombe de Garanhuns’, resultado de 20 anos de exaustivas pesquisas. O escritor é um dos fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns e, atualmente, faz parte da Academia Garanhuense de Letras.
O jornalista Humberto Alves de Moraes, nasceu em 1º de abril de 1926, em Calçado (PE), quando esta ainda era distrito de Canhotinho, e em 1938, a mudou-se, junto com a família, para Garanhuns e já nos primeiros anos de estudo, demonstrava seu espírito empreendedor e seu talento para jornalista, e com o incentivo do diretor do Colégio Diocesano de Garanhuns, Monsenhor Adelmar da Mota Valença, reeditou o jornal “O Ginásio”, órgão fundado por Luiz Souto Dourado.
Humberto de Moraes já atuou na imprensa, tendo começado na Rádio Difusora de Garanhuns em 1952, onde criou o noticiário “Cidade em foco”, programa jornalístico de grande credibilidade. Na sua longa carreira, escreveu também para os jornais “O Menor”, “Jornal de Garanhuns” e no “O Monitor”, onde criou a coluna política “Calçando 40”. Sua atuação como jornalista foi além de suas responsabilidades profissionais, e, confirmando seu espírito empreendedor, junto com seu irmão Cláudio Moraes, fundou a Associação Garanhuense de Imprensa – ÁGI. Exerceu cargos na política, sendo vereador por dois mandatos em Garanhuns.