Acho que mesmo diante das informações e mobilizações por parte de alguns, principalmente dos próprios motoristas, a possibilidade de vigência da lei que acaba com o Transporte Alternativo precisa ser melhor debatido com responsabilidade, e setores econômico de Garanhuns entrarem na questão, pois está em risco o próprio desenvolvimento municipal.
A Câmara de Vereadores realizou Audiência Pública, e é lógico que ela não pode legislar nesta questão que vai além de sua jurisdição, vale por dar importância ao tema, mas a deliberação deve ser buscar as reais autoridades que podem resolver a questão.
Vale ainda ressaltar que Garanhuns nunca fez nada pelo Transporte Alternativo regional, que traz diariamente para o município, polo de cerca de 40 outras cidades, milhares de pessoas para nosso comércio, polos médico e educacional, e diversos outros serviços. Arcoverde, por exemplo, tem seu terminal integrado, onde oferece dignidade a quem busca o município, com praça de alimentação, banheiros, e sombra para esperar pegar sua condução. Em Garanhuns, esses público consumidor ainda é tratado sem essas comodidades, que lhe facilitem o deslocamento e deixem sua estada mais prazerosa e menos sacrificada.
Voltando à questão, Garanhuns precisa debater o tema com mais sabedoria e cobrar de quem possa impedir essa medida danosa, buscando tirar os efeitos da lei promulgada pelo presidente Bolsonaro. É claro que as empresas que têm as concessões devem aumentar a oferta de veículos, mas a possibilidade de prejuízo econômico regional é real e possível. Tanto na quantidade de profissionais que vivem no ramo quanto na diminuição de pessoas circulando para Garanhuns.
No geral, a melhor medida seria a legalização desses trabalhadores e deste serviço, que é histórico, necessário e contribui com o desenvolvimento regional em todo o país.