Programa Força Local
viabiliza R$ 910 mil para a ovinocaprinocultura pernambucana
Ação do Governo do Estado, executada pela Agência de Desenvolvimento Econômico, sob diretrizes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e instituições parceiras avançam nos Sertões do São Francisco, do Araripe e do Itaparica
A
ovinocaprinocultura está em alta em Pernambuco, e o Governo do Estado tem
incentivado a atividade, especialmente no Sertão do semiárido, grande
responsável pela movimentação de quase R$ 1,2 bilhão por ano em negócios.
Provas concretas dessa iniciativa são quatro projetos que fazem parte do
Programa de Fortalecimento dos Arranjos produtivos Locais, o Força Local.
Executado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper),
de acordo com diretrizes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em
parceria com entidades sem fins lucrativos, as propostas somam R$ 910 mil em
investimentos e estão beneficiando 495 produtores e 150 famílias de
agricultores e pecuaristas.
Dos projetos em
curso, dois estão sendo realizado de forma conjunta com o Sebrae, na região do
Sertão do São Francisco, somando R$ 650 mil. São ações visando o melhoramento
genético dos animais e o fortalecimento da cadeia produtiva, inclusive, com o
estímulo à reunião dos produtores em uma cooperativa.
Já com a Associação
dos Moradores de Nascente (Armon), localizada em Araripina, Sertão do Araripe,
estão sendo aplicados recursos para melhoria da infraestrutura de um espaço
destinado à preparação de cortes especiais de carne e sua comercialização. A
inauguração do local acontecerá até 15 de novembro. O projeto promove o apoio à
agricultura familiar da cadeia produtiva de caprinos e ovinos do Distrito
Nascente, atingindo 200 criadores dos rebanhos, ao custo de apenas R$ 58 mil.
A outra ação,
feita com a Associação dos Piscicultores de Petrolândia, Sertão de Itaparica,
que também reúne criadores de caprinos e ovinos na mesma fazenda onde são
criadas tilápias, está destinando R$ 199 mil para a compra de máquinas,
equipamentos e 150 matrizes de ovinos e caprinos.
“Acreditamos que
com essas ações propostas nos projetos, haverá uma agregação de valor aos
caprinos e ovinos, colocando-os nas normas vigentes para a comercialização
levando a uma maior lucratividade ao criador”, pontua o presidente da AD Diper,
Roberto Abreu e Lima. O gerente de Arranjos Produtivos Locais da AD Diper,
Álvaro França, acredita que os quatro projetos demontram uma atuação significativa
num setor importante para a pecuária
pernambucana. “De forma objetiva, estamos atuando, com nossos parceiros, na
melhoria na cadeia produtiva e de valor, levando ao desenvolvimento econômico
regional".
Segundo dados do
IBGE, o estado possui o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil, com um
total de 2,35 milhões de cabeças, em 2018, ficando apenas atrás da Bahia. No
caso dos ovinos, também segundo o IBGE, Pernambuco assume a terceira posição
nacional com 2,35 milhões de cabeças, após a Bahia e o Rio Grande do Sul, este
último sendo utilizado, em sua maior parte para a produção de lã. Além dos Sertões
do Arapipe, do São Francisco e do Itaparica, o Sertão do Pajéu e o Agreste Meridional
também participam com a caprinocultura leiteira.
CHAMAMENTO PÚBLICO ABERTO
O Força Local,
que integra o plano de ações
estruturadoras realizado pela SDEC, por meio da AD Diper, está com um edital de
chamamento público aberto para a proposição e a celebração de convênios com
entidades sem fins lucrativos, no valor de R$ 3 milhões, por meio de projetos
que visem ao fortalecimento dos APLs e dos setores econômicos. As propostas
devem ser enviadas até 8 de novembro. A divulgação final dos contemplados será
em 9 de dezembro. Para participar, as pessoas jurídicas, de direito privado,
sem fins lucrativos, poderão submeter seus projetos à AD Diper, conforme regras
do edital disponível em http://www.addiper.pe.gov.br/index.php/processo-no-058cpl2019-edital-de-chamamento-publico-no-042019-retificacao/.
As quatro iniciativas voltadas à ovinocaprinoculutra
fizeram parte do rol dos selecionados através do primeiro chamamento público do
Força Local, aberto em abril e concluído em junho. Levando-se em conta o valor
das contrapartidas conveniadas, os APLs pernambucanos foram contemplados, no
total, com mais de R$ 3,2 milhões, distribuídos em 15 projetos. Foram
celebrados convênios de regime de mútua cooperação com a Associação Comercial e
Empresarial de Caruaru (ACIC), a Associação Mário Lemos Falcão de Apoio à
Cultura e à Educação (Amface) e a Associação Santo Agostinho (ASA), além do
Sebrae, Armon e APP.
Graças à iniciativa da AD Diper, em
convênio com parceiros institucionais, as ações aprovadas no primeiro
chamamento público já alcançam 54 municípios e 2 mil beneficiados diretos,
entre produtores associados ou cooperados, pequenas e médias empresas, por meio
de projetos como adequação de pequenas queijarias do Agreste Meridional;
fortalecimento da bovinocultura de Leite no Sertão do Araripe; e do ecossistema
de negócios do APL de Confecções com uma proposta de uma plataforma digital
para vendas.
Como novidade, o novo chamamento público
está prevendo o aumento de pontuação no atendimento aos critérios previstos no
edital para as entidades que ofertarem maiores contrapartidas em relação ao
mínimo exigido (10%), além de um bônus nas médias finais de pontuação para
projetos que beneficiarem as regiões de desenvolvimento dos Sertões Central e
do Pajeú (15%), dos Agrestes Setentrional e Meridional e da Zona da Mata Norte
(10%). A intenção dessa concessão é estimular que todas as regiões sejam
contempladas com a apresentação de projetos de entidades interessadas, dado que
historicamente, essas cinco têm atraído um menor número de iniciativas
relacionadas aos APLs em relação às demais regiões existentes.