Sérgio Moro e Paulo Guedes apoiaram publicamente o ministro da saúde, Henrique Mandetta. Até Mourão contrariou opinião de Bolsonaro. Agora, novo pronunciamento (mais brando) do presidente, que mostra nova postura, não critica isolamento e pede união, deve ter tido a influência da ala militar do governo. A mudança repentina foi observada por todos
Isolado politicamente por sua postura na crise, Bolsonaro voltou a se aproximar da ala militar de seu governo. O movimento veio após declarações públicas de alguns ministros, como Sergio Moro e Paulo Guedes, além, é claro, de Luiz Henrique Mandetta, em defesa da quarentena — criticada pelo presidente — como forma de prevenção.
Esta convergência, inclusive, pode ter tido influência direta na mudança de tom do presidente em seu discurso. A proximidade também se deu justamente no aniversário de 56 anos do golpe militar , que culminou em 21 anos de ditadura no Brasil. O período foi de ruptura institucional e trevas para a democracia, mas o presidente, o vice, Hamilton Mourão, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, celebraram a data em postagens.
Revista Veja