A Pfizer pediu pediu "celeridade" em relação a oferta de suas vacinas contra a covid-19 em carta endereçada a Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão e a outros dois ministros além de Eduardo Pazuello: Paulo Guedes, da Economia, e Walter Braga Netto, então chefe da Casa Civil, hoje ministro da Defesa. Isso é o que conta Josias de Souza, que publicou a íntegra do documento em sua coluna.
Na carta enviada em setembro do ano passado, o presidente mundial da Pfizer Albert Bourla escreveu: "Quero fazer todos os esforços possíveis para garantir que doses de nossa futura vacina sejam reservadas para população brasileira, porém celeridade é crucial devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses em 2020."
A carta foi repassada à CPI da Covid pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten.
Em depoimento à CPI, Fábio Wajngarten disse ter sido alertado para a falta de resposta do governo à Pfizer em 9 de dezembro de 2020, quase dois meses depois do envio da carta a Bolsonaro e outros integrantes da cúpula do governo.