Quem poderia imaginar uma semana assim? Vencer o São Paulo na quarta e no domingo bater no Sport em plena Ilha do Retiro, aliás, repetindo o placar do primeiro Clássico das Multidões do ano.
Não teve Boi, despacho, Pai Carlos, Babalorixá, encruzilhada que desse jeito! Na Resenha apresentada pelo Edson Peixoto na Rádio Jornal Recife, na noite deste domingo, as músicas de vaquejada tocaram exaustivamente fazendo a festa tricolor.
O Santa tem um time renovado em comparação ao ano passado, portanto é um time novo, e novo duas vezes, primeiro porque não tem o conjunto profissional de anos jogando junto, e segundo porque é um time jovem, aliás, no time titular tem cinco jogadores que vieram da base do Tricolor: Gilberto, Natan, Renatinho, Memo e Everton Sena. Esse fator tem sido decisivo em relação aos anos anteriores, quando se privilegiava trazer jogadores em decadência para encerrar a carreira aqui, sem identificação com o clube e a torcida. E aí vai mais um aliás, essa torcida tem demonstrado ser a mais apaixonada do Brasil, participativa, vibrante... Colaborativa. A ela se deve esta nova fase do time. A imprensa do sul do país ficou estupefata com a festa realizada na quarta, quando o Santinha surpreendeu o Todo-Poderoso São Paulo.
É claro que o time ainda não ganhou nada. Pode até levar uma pisa em São Paulo, pode também ver o Sport campeão pernambucano, aliás Hexa, mas o momento é do tricolor do Arruda, e a torcida deve comemorar mesmo, tirando um grito preso na garganta há vários anos.
Quanto ao Náutico. Conversei com um torcedor que achava que seu time deveria ter aberto o jogo para o Central, mas acho que valeu a hombridade dos jogadores. Fez o certo!
Não existe merecimento no futebol, e o Leão pode conquistar o título, pois deve crescer de rendimento quando chegar o mata-mata das semi-finais e final, mas merecer mesmo... não merece.
