O produtor cultural Betinho Cândido continua movimentando o facebook com temas pertinentes ao Festival de Inverno. Desta vez, aprovando a inserção de Margareth Menezes no FIG, Betinho defende que se traga mais artistas baianos para Garanhuns.
Ritmos e artistas do axé, sertanejo universitário, forró de banda, entre outros não são programados no FIG, pois vão de encontro à proposta cultural do evento. É justamente dessa concepção que Betinho discorda e argumenta da forma transcrita abaixo.
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Ainda sobre o Show de Margareth Menezes ::
O engraçado é que com todo esse egoísmo, protecionismo e xenofobismo cultural por parte de alguns xiiitas pernambucanos que se acham PUROS, a música baiana, o brega, o forró(estilizado) seguem seus caminhos nas paradas do SUCESSO.
Gostaria... que me convecessem porque ...o samba carioca, o funk das favelas que tem uma mega influência americana, assim como o jazz, o blues, dentre outros, são culturalmente aceitáveis dentro da proposta do FIG e o axé não. Me respondam?
Que trauma lascado da Bahia é esse? Gente, a Bahia é nosso vizinho, é um Estado NORDESTINO como o nosso e independente de rótulo musical, seus artistas produzem cultura brasileira. O axé é um ritmo brasileiro. Já não chega de tanta descriminação que o pobre nordestino sofre por parte das regiões do sul e sudeste deste nosso país? Peraí. Vamos com calma.
Todo esse estardalhaço por conta de uma simples e única apresentação? Margareth Menezes merece nossos aplausos não apenas pelo seu talento, mas sobretudo porque foi corajosa e não se acovardou diante das suas raízes e influências e mandou ver o som do bom axé, mesmo diante de um público pequeno e quase insignificante que lhe virou a cara, torceu o nariz e tapou os ouvidos. Porém,a maioria absoluta que estava na praça(Multidão) a aplaudiram.
Vamos parar com esse egoísmo cultural besta. A praça é de todos. Quem não gosta de axé, no dia que tiver, não saia de casa. Pronto, resolvido. Vá apenas nos dias que lhe convier. Agora, promover, estimular e fomentar a exclusão cultural, não condiz com politica cultural nenhuma.
O FIG completa 21 anos de existência e com toda essa xenofobia cultural, apenas Chico Science e Lenine decolaram nacionalmente. Se protecionismo e xenofobia aplicada em qualquer setor fosse sinônimo de preservação, a politica Hitleriana que pregava a superioridade ariana em relação a todas as raças existentes no mundo não teria saído do mapa.
Vamos rever esses conceitos amigos!!
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Agora comigo: E aí, o que acham?