Em um cenário que vai se mostrando com várias candidaturas, algumas pessoas começam a enxergar a possibilidade do prefeito Luís Carlos voltar a analisar o quadro sucessório, e ter seu próprio candidato em outubro.
Luís Carlos, antes de toda turbulência, começou a construir seu próprio candidato, e nomes como Dimas Carvalho, Marcelo Marçal, Carlos Eugênio, Julio Cesar e Eliane Simões estavam sempre na lista dos prefeituráveis.
Uns não desistiram da possibilidade, outros, como Eliane Simões não chegaram nem a pensar, e declinaram desde o início, preferindo suas ocupações na AESGA e na educação.
Com o desgaste do governo, Luís Carlos sinalizou que poderia indicar um vice numa chapa bancada pelo Palácio do Campo das Princesas, mas acabou se sentindo traído pela manobra socialista de trazer o prefeito de Lajedo para Garanhuns sem ao menos ser consultado, numa afronta ao processo discussivo que tomava conta da cidade.
Com isto, Luís Carlos não apenas reclamou, mas liderou o movimento contrário à imposição, dificultando assim a continuidade do diálogo que poderia gerar uma chapa com os governos estadual e municipal juntos.
O prefeito então começou a analisar as alternativas no jogo. Izaías, Aurora e Zé da Luz, esquecendo por hora seu próprio grupo.
O movimento criado para rechaçar o nome de Antônio João acabou por aproximar novamente Luís Carlos e Silvino, que estavam brigados praticamente desde a primeira eleição do atual prefeito, que teve o apoio incondicional de Silvino. Esqueceram as desavenças e partiram para a convergência. Silvino passou a ser a primeira opção de Luís Carlos, porém não tem conseguido resolver sua situação jurídico-eleitoral, e por isto tem colocado sua esposa, Aurora Cristina, como candidata do grupo.
Outra opção que tem sido analisada por Luís Carlos, e até com a participação de Silvino, é Zé da Luz, que foi esquecido pelas hostes governistas da capital, e pelas pesquisas tem potencial para ganhar a eleição. A questão é se este toparia ser o candidato de oposição ao nome do governador, isto é, se Zé da Luz iria para um palanque contrário a Eduardo Campos.
Ainda tem no jogo o deputado Izaías Régis, que estranhamente não foi, desde o início, considerado ser o candidato governista nem de Luís Carlos, de quem é parceiro há longos anos, e de Eduardo Campos, sendo o deputado estadual da região que dá apoio ao governo estadual.
Izaías lidera as pesquisas atualmente.
Assim, diante de um quadro que se desenha com várias candidaturas, tendo ainda Paulo Camelo, Rosa Quidute e Sivaldo Albino, além dos citados anteriormente, algumas pessoas estão refazendo as contas para ver se Luís Carlos ainda poderia lançar um nome de sua confiança, como o vereador Dimas Carvalho ou o Secretário de Saúde, Júlio César, tendo mais possibilidade para o segundo, que tem se sobressaído no governo, é próximo do próprio Luís Carlos, e tem aprovação dos servidores do município, sendo um nome fácil de ser trabalhado. Analisa-se que a máquina municipal repasse algo em torno de 10 mil votos, por isto a oposição tem enooorme dificuldade de vencer em Garanhuns.
A verdade é que o prefeito tem se movimentado, visitado a periferia da cidade, colocado a Secretaria de Obras para trabalhar, estado nos eventos, e ainda foi beneficiado pelo movimento criado em repúdio à intenção socialista.
Continua a ser questionado, é bem verdade também, tem a crítica pendendo contra, mas vai procurando melhorar sua imagem, que pode refletir positivamente ainda nesta eleição. Silvino e Zé da Luz sabem disso, já foram prefeitos e sabem que em ano eleitoral, mostrar trabalho é o melhor caminho para a vitória.
Luís Carlos precisa resolver urgentemente a situação das praças, principalmente Irmãos Miranda e Relógio das Flores, pois está contando contra, mas o fato da vinda de Antônio João para Garanhuns acabou beneficiando o prefeito, pois mudou muito o foco político nos últimos seis meses.