Esqueçam aqueles times com ponteiros, jogadores habilidosos, dribles fantásticos, meias avançados, etc, etc, etc. Ao menos este ano! Times como Barcelona, Santos e até a Rússia na Eurocopa acabaram decepcionando.
Acabou há poucos instantes o grupo A da Eurocopa, deu zebra. O futebol vistoso da Rússia perdeu para a retranca da Grécia, e a alegria polonesa ficou pelo caminho para a República Tcheca. Mostrando que em torneios rápidos, mais vale ficar fechado a tentar ganhar de um a zero que arriscar jogar pra cima. A Rússia foi elogiada pela crônica esportiva como a melhor seleção da copa até agora. A Grécia precisava vencer para classificar, mas jogou o tempo todo lá atrás, mesmo assim, ganhou. O que prova que o melhor ataque é a defesa, contrariando o ditado popular.
Seguindo este mesmo pensamento, o Chelsea virou campeão da Champions League pela primeira vez. Um time fechado, chato, que ganha jogos de um a zero. Em jogo decisivo, não levar gols passa a ser mais importante que fazer, por incrível que pareça. Dos onze jogadores, os técnicos têm usado 10 para defender. Vira uma parede, e com velocidade, os contra-ataques têm sido a única alternativa. Infelizmente têm dado certo.
Volantes que saibam sair pro jogo com qualidade se tornaram mais importantes que os meias ofensivos. E lá na frente basta um cara grandão, meio truculento, que bote a bola pra dentro e um cara que tenha velocidade para voltar para marcar e puxar o contra-ataque. Esse negócio de meia-direita, meia-esquerda e ponta acabou. Bastam dois. Um no estilo Luís Fabiano e outro feito Jorge Henrique. O resto pode ser cabeça-de-área que marque forte mas saia com a bola no pé.
No Brasil também. O Corinthians não tem sido um time vistoso de se assistir, mas aprendeu a jogar. Não tem Neymar nem Ganso, mas tem jogadores encaixados num esquema defensivo de tal forma que levou somente dois gols em toda Libertadores até agora. Incrível. Venceu o Santos por um a zero e agora joga pelo empate, ou seja, basta não levar gols. Vem outro ferrolho por aí.