segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

E se fosse Dilma presidente, Eduardo vice e Armando Governador.


As peças da sucessão estadual estão diretamente ligadas à sucessão federal, e os caminhos preparados percorridos por Eduardo Campos são fundamentais para a decisão do jogo.

O governador pernambucano ensaia movimentações nas duas esferas. Na nacional tem várias opções, como aceitar a vice de um dos dois lados historicamente protagonistas nas últimas eleições, PT e PSDB, ou partir em voo solo numa candidatura que lhe daria visibilidade nacional. Vislumbrando um cenário mais favorável para 2018, ou até, se conseguir projeção e destaque em torno do seu nome, surpreender em 2014.

No campo local, Eduardo ensaia lançar um nome de seu grupo político para a sua sucessão, mesmo diante da candidatura colocada de Armando Monteiro. Alguns dos auxiliares do governador avaliam que Eduardo Campos pode fazer o mesmo que fez na capital com Geraldo Júlio. Nomes existem e se movimentam para isto.

Mas este cenário estadual é totalmente dependente do plano de Eduardo Campos em nível federal.

Muita gente gostaria de ver Eduardo vice de Dilma, ganhando visibilidade para sucedê-la em 2018. Mas o PMDB, partido mais fisiologista do Brasil não entregaria fácil a vaga de vice, principalmente agora que caminha para presidir as duas casas do Congresso Nacional. O PSB não tem força sozinho para enfrentar o PMDB, mas, tendo o apoio de Dilma para entrar no jogo, outros partidos podem enfileirar com os socialistas, legendas importantes como está o PSD de Gilberto Kassab e o PTB de Roberto Jefferson, mas principalmente de... Armando Monteiro.

Armando Monteiro é senador e ex-presidente da CNI - Confederação Nacional das Indústrias, portanto tem penetração na classe empresarial do sul do país que pode ser muito importante para Eduardo Campos, que aliás já é visto com simpatia por setores econômicos e da mídia do sudeste, pois passa a ser uma opção  a Dilma Roussef. Aécio Neves tem feito uma exposição muito morna de sua imagem para quem quer ser presidente.

Para Garanhuns e região, onde Armando tem grande influência e o governador tem a hegemonia administrativa, unir os projetos, ainda mais com a chancela do ex-presidente Lula, nosso conterrâneo, seria o ideal, vislumbrando os cenários que se abrem para 2014. Dilma tem hoje mais de 60% das intenções de voto e sua aprovação popular continua nas alturas.

Imaginem então, se Eduardo aceitasse ser o vice de Dilma, entregando ao PT a vice de Armando em Pernambuco. Uniria as principais forças do plano federal, novamente no plano federal, reeditando a Frente Popular das últimas eleições, porém com a mudança dos cargos.

Em 2010, PTB, PT e PSB disputaram e venceram as disputas majoritárias em Pernambuco, a governador e senadores da república.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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