O radialista Geraldo Freire, uma das vozes mais ouvidas do estado, se não a mais, dono das manhãs da Rádio Jornal, líder de audiência no estado, voltou a falar sobre o sepultamento de Dominguinhos, desta vez para desmentir a filha do sanfoneiro, que disse que a entrevista em que seu pai pediu para ser enterrado em Garanhuns tinha 10 ou 15 anos, e que depois disso ele havia pedido para ser enterrado em Recife ou Fortaleza.
Geraldo Freire se arretou, passou de novo a gravação e mostrou que a entrevista concedida por Dominguinhos só tinha dois anos, e foi quando ele começou a ver a doença se alastrar, sabendo que a situação tendia a complicar. Era como se soubesse que o fim se aproximava, aí fez o pedido para ser sepultado em sua terra. Geraldo chegou a falar em mentira de Liv Moraes.
É um direito da família sepultar seu ente querido onde quiser, e isto acontece onde geralmente já tem o jazigo da família. Porém, há uma declaração ainda em vida, uma espécie de pedido, onde Dominguinhos depois de rodar o mundo com sua sanfona, quer voltar às suas raízes, voltar pra casa, pro seu aconchego, onde imagina que vai receber de seus conterrâneos o tratamento que fez por merecer, e não esquecido em um cemitério qualquer, onde somente seus familiares acabam tendo acesso. Pode-se dizer que é um codicilo, não tem força de testamento, mas de última vontade, e está devidamente registrada em gravação.
Como eu disse, Guadalupe e Liv têm todo o direito, e não precisam dar explicações. Aliás, não precisam nem falar, se for para dar explicações equivocadas como esta sobre a gravação. Mas o Nordeste queria ele em Garanhuns. Quem sabe, no futuro, quando a tristeza encontrar consolo e diminuírem intransigências familiares, pode ser que a decisão seja reconsiderada, esperamos por isto!
Devemos respeitar este momento de dor. E agora, deixar isto pra depois.