Alguns correm por fora, como o Secretário de Saúde, Antônio Figueira, mas três nomes estão consolidados como pré-candidatos a governador para a sucessão de Eduardo Campos, e representam estratégias diferentes para a continuidade do partido no Palácio do Campo das Princesas.
Antes, partimos de um pressuposto que o PSB tenha candidato próprio, pois ainda existe, embora cada vez mais distante, a possibilidade de novamente estar junto a PT e PTB, e tendo que fazer concessões necessárias devido à conjuntura nacional.
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| Tadeu Alencar |
São eles: Tadeu Alencar, João Lyra Neto e Fernando Bezerra Coelho. O primeiro é um técnico e um dos principais auxiliares de Eduardo Campos. Homem de extrema confiança, Tadeu Alencar é Secretário da Casa Civil. Seria um nome de dentro, formado pelo próprio Eduardo à sua imagem e semelhança. Quem já o ouviu falar até confunde com o governador. Seria um projeto como foi Geraldo Júlio em Recife. Tadeu é advogado, tem feito o relacionamento político/administrativo da gestão estadual e seria a continuidade propriamente dita com a garantia a Eduardo de que continuaria com a supervisão do governo. Tem mostrado sua competência no trato com políticos de todo o estado, ampliando o palanque socialista.
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| João Lyra Neto |
João Lyra é o vice-governador que assume o governo em abril, quando Eduardo deixar o Palácio para viabilizar sua candidatura, a qualquer que seja o cargo. O caruaruense disputaria portanto a reeleição sentado na cadeira de governador. Não é garantia de sucesso, pois não foi para Mendoncinha, mas que ajuda um bocado estar com a caneta na mão, não tenham dúvidas. Tem história e a força da família Lyra que lutou pela democracia no país, então não se trata de uma aventura ou oportunismo. Lyra tem um reduto eleitoral na Capital do Forró e apareceu à frente nas pesquisas por lá. O vice-governador está de malas prontas para deixar o PDT, indo para o PSB de Eduardo. Aparentemente, o partido socialista não tem a mesma simpatia interna pela sua candidatura, comparando com Tadeu Alencar, que é cria da casa.
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| Fernando Bezerra Coelho |
O terceiro, e registre-se que não colocamos em ordem de preferência, é o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que acalenta este sonho antigo. Vindo para o campo socialista, após rompimento político com outras lideranças da família Coelho, de forte presença na região do São Francisco, onde deve estar liderando as pesquisas (não temos dados) encontrou no PSB base sólida para seu crescimento estadual. Chegou à Presidência do Porto de SUAPE e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sucedido por Geraldo Júlio. FBC tentou disputar o senado e a Prefeitura do Recife, mas acabou sempre preterido pelo partido, leia-se Eduardo Campos, que fez dele Ministro do PSB no governo Dilma. No racha de Eduardo com Dilma, Fernando ficou em situação complicada tendo que escolher um lado, tocou o barco, e quando parecia que poderia ser o candidato até do PT em Pernambuco, dá sinais de continuar com Eduardo, como demonstram as agendas cada vez mais constantes com o governador, retornando com força à condição de pré-candidato da situação. É tratado como um trator para trabalhar, mas precisa se viabilizar dentro do próprio PSB, o que tem sido mais complicado. Assim como Armando Monteiro, FBC talvez seja visto como um nome muito independente para o próprio Eduardo Campos. Dos três é hoje o nome mais político, e está no seu auge.
A situação muda caso o PSB retorne à união com PT e PTB. Muda também a depender do cargo que Eduardo disputará. Em 2014 tem apenas uma vaga aberta para senador, que aparentava ser para Jarbas Vasconcelos, isto com Eduardo candidato a presidente. Mas se ele próprio for pro senado, Jarbas vai pra candidatura de Deputado Federal. João Lyra e FBC também têm perfil para a disputa ao senado, quando as cartas forem colocadas na mesa.
Hoje o PT, PTB e PSB estão ainda juntos na Frente Popular, mas saem daí os dois nomes mais fortes que disputam em palanques contrários a cadeira de governador em 2014. A menos que uma reviravolta de final de novela altere a ordem das coisas.
