Aconselhado pelo ex-presidente Lula através do PT nacional e seu presidente Rui Falcão, o partido em Pernambuco reconsiderou a vontade de entregar os cargos que ocupa no governo estadual, em uma espécie de represália ou caminho natural depois que os socialistas devolveram a Dilma Roussef os cargos que tinham no governo federal.
O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), atendeu o pedido de Dilma e continua no cargo até sua volta dos Estados Unidos. Sua agenda continua normal, com as atividades programadas. Dizem da possibilidade do PMDB de Michel Temer lhe oferecer a legenda em Pernambuco, com a candidatura ao senado, fechando a chapa com Armando Monteiro (PTB) e João Paulo (PT) para governador e vice, respectivamente.
A estratégia em continuar próximo ao PSB de Eduardo em Pernambuco é justamente deixar a porta aberta para o retorno do governador pernambucano à base do governo federal, além de diminuir o discurso do rompimento, jogando a responsabilidade do afastamento a Eduardo Campos, se este resolver em dar as contas aos representantes petistas que ocupam postos importantes em seu governo.
Quanto a Fernando Bezerra, parece preferir apostar em Eduardo, pois embora goste da ideia do senado, o que o move realmente é o Palácio do Campo das Princesas, e espera representar a sigla socialista na campanha. A seu favor, conta ser o mais político dos possíveis candidatos do PSB, principalmente se Eduardo, em campanha federal, tiver pouco tempo para o estado. Algumas lideranças preferem alguém de "dentro", mais próximo ao governador, e outros, ainda, apostam na continuidade caso o vice-governador assuma o governo e tiver boa aprovação popular.
Resta aguardar.