Recebemos a informação oficial do município sobre a mudança da Praça Guadalajara para Praça Cultural Mestre Dominguinhos (Ainda prefiro Esplanada), e na nota tinha que a criação daquele espaço havia sido no governo de Amílcar da Mota Valença. Cabe uma correção.
Em 1970 o Brasil foi tricampeão mundial, o que causou grande comoção. Era uma época difícil, auge da ditadura. O povo foi para as ruas e comemorou bastante! No México, a seleção canarinha foi tratada como se estivesse em casa e a cidade de Guadalajara foi enaltecida pela recepção calorosa aos brasileiros.
Em Garanhuns, no ano seguinte, 1971, o então vereador Antônio Edson, pessoa de muitas amizades, histórias e conhecimento, apresentou requerimento pela criação e nominação daquele logradouro em um espaço que pudesse comportar atividades desportivas e culturais. O prefeito era Souto Dourado que aprovou a ideia de imediato. E assim surgia a Praça Guadalajara.
Na época em que fez a menção a Guadalajara, a embaixada mexicana foi informada, entre outras autoridades da época.
Tinha um pequeno teatro (espécie de concha acústica) e algumas quadras que a juventude usava para jogar bola, andar de bicicleta, etc. Curiosamente os grandes eventos continuaram a ser realizados no centro da cidade, no Espaço Colunata.
A mudança do perfil, mais diretamente, veio com o surgimento do Festival de Inverno, que em sua primeira edição tinha o palco do lado do Centro Cultural. Aos poucos, as atividades desportivas foram dando lugar ao grande espaço para todos os tipos de eventos, como tivemos recentemente o Festival de Literatura, teremos na próxima semana a Jovem Guarda, ainda este ano o MotoFest, e tem seu apogeu com o Festival de Inverno. Na Praça Guadalajara terminava a Garanheta.
Antônio Edson entendeu e aprovou a mudança do nome da praça, e acha até que se ainda fosse vereador poderia ele mesmo apresentar o requerimento pedindo a mudança, ou até outra forma de homenagear Dominguinhos, já que ele entende que o conterrâneo é digno de todas as homenagens que a ele forem feitas.
A bem da justiça histórica, em favor daquelas pessoas que marcaram suas épocas trabalhando pelo bem da cidade, fica registrado a forma romântica e dedicada como o professor Antônio Edson sempre dedicou seu tempo, com ou sem mandato, em favor da nossa gente.