terça-feira, 29 de outubro de 2013

PESQUISA PARA GOVERNADOR: João Paulo e Daniel podem mudar o jogo

Logomarca da festa de aniversário de João Paulo tem cara de campanha eleitoral
A campanha política em Pernambuco caminhava para a polarização. Seria Armando Monteiro pela oposição, com o apoio do PT (inclusive Lula já havia sinalizado), contra o candidato do governador, que ainda será escolhido. Mas a pesquisa JC/IPMN abriu os olhos de muita gente.

Se o cenário parecia normal, com Armando Monteiro na liderança isolada, e Fernando Bezerra como o melhor posicionado dos governistas, por sua presença maior no estado, outras leituras estão sendo feitas observando outros candidatos.

Primeiro foi o próprio João Paulo quem se colocou à disposição do PT, entretanto Lula, logo em seguida, deu uma declaração dizendo que Armando Monteiro era o candidato preferido do partido. Parecia ter definido a parada. Contudo, uma nota na coluna do jornalista Claudio Humberto, um dos mais lidos do país afirmou que o PT "sindicalista" não queria votar no senador para o governo. Depois veio Humberto Costa e reafirmou a possibilidade da candidatura própria, como estratégia para forçar o segundo turno, e que o nome poderia ser João Paulo. Agora a pesquisa mostra que o ex-prefeito do Recife ainda é forte, mesmo diante os tropeços da campanha de 2012, principalmente na capital pernambucana, imagina então se tivesse o apoio de Lula e Dilma (candidata a reeleição pedindo votos para ele). Mais ainda, desfalcaria o projeto de Armando do apoio federal, a não ser que o PT aceitasse novamente o palanque duplo, como foi feito na primeira eleição de Eduardo, quando Lula pediu votos para o neto de Arraes e Humberto Costa, candidato do PT que ficou fora do segundo turno. A pesquisa mostrou que JP, com apoio de Lula e Dilma, tem real possibilidade de ir para o segundo turno.

O outro nome que está atiçando os bastidores é Daniel Coelho, quase um desconhecido no interior do estado, tem grande visibilidade na capital, tanto é que apareceu com dois dígitos na pesquisa. Em um dos cenários, com Armando e sem FBC nem João Paulo, Daniel Coelho apareceu com 11%, recall da disputa à Prefeitura do Recife, onde teve grande participação e acabou em segundo lugar, ficando na frente de nomes mais conhecidos como o próprio Humberto Costa e o ex-governador Mendoncinha. Entretanto, é bom lembrar, que neste cenário não foram colocados Fernando Bezerra nem João Paulo.

Daniel é jovem, bom discurso e tem conquistado parte do eleitorado. Seu partido, o PSDB de Aécio Neves, vai precisar de palanque em Pernambuco, além disto, os candidatos da proporcional teriam mais visibilidade e melhores condições de eleição.

Com estas quatro opções: Armando, João Paulo, Daniel Coelho e o candidato do governador, seria mais fácil haver um segundo turno, com mais tempo para debates. Entretanto, os principais nomes na disputa já podem não gostar da ideia. O PSB pensa em levar a disputa já no primeiro turno, em uma campanha polarizada, assim como Armando Monteiro, único na estrada. E a entrada do PT de João Paulo e de Lula no jogo pode realmente levar a disputa para o segundo turno, mas sem garantias de quem estaria nele.

João Paulo poderia tirar o PT de Armando, assim como Daniel Coelho poderia tirar o PSDB de Eduardo e do seu candidato.

Para se ter ideia da força de João Paulo, o ex-prefeito bateu o senador na pesquisa feita por região, no caso, no Recife. Fernando Bezerra venceu Armando Monteiro (em situação de empate técnico) no Sertão e no São Francisco. Nas outras regiões, Armando venceu em todos os cenários, mas a disputa agora é a que se dá longe dos olhos do eleitor, é a que viabiliza projetos. 

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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