O Ministro Joaquim Barbosa durante o julgamento do mensalão criou várias imagens, boas e ruins, de sua personalidade para a população, principalmente para quem acompanhou o caso como uma novela.
Guardião da moralidade pública, homem sério, anti-PT, arrogante, autoritário... Cada um fez sua imagem de acordo com suas próprias convicções. Claro, muitos foram pelo conteúdo repassado pelo seu meio de comunicação preferido .
Presidente do STF, Barbosa usou de sua autoridade para fazer andar o processo, e tratou com veemência os que buscaram protelar a discussão, principalmente, o também Ministro Ricardo Lewandovski. Mas Barbosa foi também arrogante com jornalistas e outras categorias profissionais, fazendo sua imagem extrapolar o tribunal. Não passou despercebido, ou se ama ou se odeia Joaquim.
Joaquim Barbosa tem seu nome citado como provável candidato já em 2014. Pode ser no Rio de Janeiro, convidado pelo PSB de Eduardo Campos, ou até mesmo na vice de Aécio Neves. Por estas opções, reforça a tese do anti-petismo.
Curiosamente, no próximo ano começa o julgamento do caso que se convencionou chamar de Mensalão Tucano, a partir do senador Eduardo Azeredo, de Minas Gerais, de onde vem o candidato do PSDB, Aécio Neves.
Já em março, Joaquim Barbosa deixa a presidência do Supremo, e sabem quem o substituirá? Ele mesmo, Ricardo Lewandovski. Muitos defendem que Joaquim se afaste, até para evitar novo estremecimento do STF. Seria a deixa para adentrar na política. Mas aí, com sua credibilidade jogada na lata do lixo. Indo para qualquer lado, Barbosa teria muito a perder de sua imagem mais moralista. Se fosse para os adversários do PT, assinaria um atestado de anti-petismo e que teria agido no julgamento sob influência política. Claro, no PT, ninguém vai querer o algoz.
Resta ver a repercussão que Lewndovski dará ao julgamento do Mensalão Tucano, pois isto pode abalar de vez a candidatura do PSDB, que já não tem esta musculatura toda para trombar com Dilma, que mesmo diante do efeito negativo da prisão de líderes petistas, continua com percentuais que lhe garantem a eleição no primeiro turno.
O ideal seria que não víssemos os juízes do STF como sendo de um lado ou de outro.