Palácio do Campos das Princesas |
Eduardo Campos fez um governo quase de coalisão. A base aliada era praticamente unânime na Assembleia Legislativa e tinha a maioria esmagadora dos apoios dos prefeitos. Com a sua sucessão e o rompimento do PT de Humberto e principalmente o PTB de Armando, dois grandes blocos surgiram, e não há sinais que possam voltar a se unir, ao menos no futuro próximo.
Eduardo era um agregador, coisa que o futuro governo, pelas circunstâncias eleitorais atuais não conseguirá facilmente. A antiga União por Penambuco liderada pelo PMDB de Jarbas, o DEM de Mendoncinha, o PPS de Jungmann e o PSDB de Sérgio Guerra, foram fazer parte da Frente Popular.
É certo que alguns deputados e prefeitos, buscarão migrar, de um lado ou de outro, para a base do futuro governador, qualquer que seja ele, mas não será mais tão simples assim.
Na primeira eleição de Eduardo, ele começou com poucos apoios e venceu no segundo turno unindo em seu palanque todos que comungavam com o governo Lula. Na reeleição, Eduardo foi quase candidato único. Não acontecem estas duas situações nesta eleição. Há um combate de forças equilibradas.
Dessa vez, não será fácil para a Frente Popular, com Paulo e Renata, principalmente, aceitar no futuro a chegada de alguns petistas e petebistas, como consequência do rompimento que ocasionou esta disputa. Até pela defesa da memória de Eduardo.
E caso dê Armando, muitos socialistas vão buscar fortalecer a Frente Popular para disputas futuras, preferindo seguir na oposição do governo trabalhista. Portanto, Armando pode contar com uma oposição que Eduardo não teve.
Tem outro fator que vai impedir uniões pós-eleitorais: As campanhas municipais. Na maioria deles os apoios estão sendo feitos com base em 2016.