A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 07/08, mostra mais que os números das intenções de votos. Vamos ver.
Dilma Rousseff (PT) continua com 38% das intenções de voto, enquanto Aécio Neves (PSDB) registrou 23% e Eduardo Campos (PSB) tem 9%. Ambos subiram um ponto, oscilando dentro da margem de erro. Os 38% de Dilma é o mesmo que a soma de todos os seus dez adversários de Dilma, provocando um quadro de incerteza em relação a segundo turno.
Dilma aparece como a mais rejeitada com 36%. Aécio é o segundo com 15%. Eduardo é somente o quinto, com 9%. O pastor Everaldo (11%) e Zé Maria (10%) são mais rejeitados que o ex-governador pernambucano.
Esta rejeição já interfere em um provável segundo turno. Dilma venceria Aécio por 42% a 36% (diferença de apenas 6 pontos) e Eduardo por 44% a 32% (diferença de 12 pontos). Como vemos, cenários parecidos.
Vejamos os números de um turno para outro. Dilma vai de 38% para "apenas" 42% contra Aécio, e o mineiro sobe de 23% para 36%, portanto 13% percentuais a mais. É o fator rejeição que pesa contra Dilma, que fica mais evidente contra Eduardo, que sai de 9% para 32%, ou seja, um crescimento de 23%. É o pessoal que não vota nela de jeito nenhum que vai pro candidato adversário.
Caso Eduardo e Aécio estejam juntos em um segundo turno, a situação da presidente ficará muito difícil. Caso Eduardo volte para Dilma e Lula, sairá do processo muito mais forte.
Se tiver segundo turno, mesmo que não esteja nele, Eduardo sai maior desta campanha. E olhe, que num provável segundo turno com o socialista, é uma certeza inexorável o apoio de Aécio e do PSDB a Eduardo.
Mas se der Dilma no primeiro turno, ela, Lula e o PT serão os grandes vencedores, com Aécio e Eduardo, e toda a oposição ao governo petista, incluindo aí parte da imprensa que é contra o PT, como grandes perdedores das eleições.