Perguntamos em nossa enquete, como será o segundo governo da presidente Dilma: Melhor, pior ou no mesmo nível que o primeiro. Mais uma vez percebemos o quanto pode ser manipulável a internet, ao menos fiquei com esta impressão.
Até os últimos minutos, e durante os três dias que a enquete esteve no blog, tivemos sempre uma média de 50% para quem achava que seria pior, 40% para quem considerava que melhoraria e apenas 10% para os que creem que vai continuar a mesma coisa.
Nos minutos finais, uma surpreendente virada, com os otimistas no governo chegando a 48%, com 108 votos de um total de 225. Os pessimistas ainda fecharam em 100 votos (44%), e 17 votos para os que apostam na mesmice (7%). Uns 20 ou 30 votos, de quem entende do riscado, mudaram o rumo da enquete.
Mas independente do resultado da enquete, que não tem valor científico, vemos que a divisão do país mostrada na eleição ainda está muito latente. Ou se é Dilma, ou se é contra, não tem meio-termo, e aí está valendo qualquer distorção para defender suas preferências. Quem é Dilma, defende a presidente com unhas e dentes, não vê ligação do governo com os escândalos da Petrobras e acha que é tudo invenção da imprensa golpista. Aliás, é criação da época do PSDB. Quem é contra Dilma vê o PT envolvido nos desvios para sustentar os partidos e os políticos da base aliada, assim como o mensalão. O PT profissionalizou a corrupção.
E a distorção toma conta da internet como desinformação. Exemplo: No caso da Petrobras, a notícia de que as empreiteiras fizeram doações para campanha de tucanos ganhou quase a mesma dimensão dos desvios e dos contratos bilionários. Como se o esquema de corrupção fosse para manter os políticos da oposição, enquanto que as investigações mostraram que os partidos mais beneficiados foram PP, PMDB e PT, e que os diretores e presidentes foram indicados pelo governo de Lula e Dilma, e os que são de épocas passadas foram mantidos pelo atual governo, que nunca mexeu um dedo para descobrir as tramoias. Ir em busca de qualquer coisa que leve ao passado de FHC serve de álibi para os governantes atuais. Uma coisa é doação de campanha, que também deve ser proibida, e outra é desvio e pagamento de propina para obtenção de contratos.
Por outro lado, se o tucanato tem seus percalços na corrupção, e são muitas acusações, que sejam investigados. Que a presidente Dilma reabra os casos que fala tanto do passado para que o Brasil possa passar a limpo e punir corruptos e corruptores. Assim como está fazendo com os crimes da ditadura. É um bom momento para discutirmos a corrupção sistematizada do Brasil. Não vamos empurrar os casos para debaixo do tapete.
Assim, Dilma começa o segundo mandato no sufoco, e vai precisar de muito jogo de cintura, pois os aliados estão lhe dando mais dor de cabeça que os tucanos, embora na Grande Rede, Aécio seja o bode expiatório para desviar os olhares sobre as investigações.
Vamos torcer por um segundo governo melhor, mas vai depender mais do próprio governo que da torcida da gente.
