terça-feira, 11 de novembro de 2014

Pernambuco enfraquece no cenário nacional e não deve ter ministério no Governo Dilma

Lula conseguiu levar as melhores cabeças dos partidos que o apoiavam


Embora o senador Humberto Costa tenha afirmado que Pernambuco é prioridade para Dilma, o cenário que se desenha é outro. Desde que Eduardo Campos criticou a presidente e anunciou o rompimento, as torneiras foram secando, e caso o PSB continue na oposição, não tem nada que possa mostrar um caminho melhor.

Nossa representatividade no governo nacional minguou.

Com Lula presidente, Pernambuco foi sim prestigiado, tinha investimentos e representação dentro do governo, o próprio Humberto Costa foi ministro, assim como Eduardo e Zé Múcio Monteiro. Mas a coisa mudou com Dilma, e Eduardo, mesmo tendo um ministério ocupado por Fernando Bezerra, não tinha influência junto à presidente, aliás, Dilma nunca foi de diálogo, fazendo o caminho inverso de Lula. O ministério do PSB era da Integração Nacional, com expressão regional, e muitos pepinos com transposição e transnordestina.

Eduardo saiu, rompeu e depois, candidato a presidente, morreu, e com ele, a maior expressão pernambucana dos últimos tempos. Nossas lideranças hoje, em todos os quadrantes, são regionais.

Agora o PSB, pela coerência, pode caminhar para a oposição sistemática ou compor uma aliança programática, se Dilma aceitar determinadas condições socialistas.

E a situação do PT de Pernambuco, que ficou com voz isolada no Congresso Nacional? Agora só tem Humberto Costa. O Partido dos Trabalhadores não fez umzinho Deputado federal sequer, não reelegeu ninguém. Diminuiu de tamanho também na ALEPE, a menos da metade. Infelizmente o partido hoje não tem voz suficiente para indicar um ministro. João Paulo, segunda expressão do PT no estado, está enfraquecido depois de sucessivas derrotas, internas e eleitorais. 

O PTB de Armando está na oposição a Dilma, pois apoiou Aécio já no primeiro turno, e claro, a presidente não vai tirar um ministério do esfomeado PMDB para dar à oposição, mesmo que seja a Armando, e este não chega a ser tão próximo assim que tenha força para ser indicado. No segundo turno em Pernambuco, o PT não sentiu falta do candidato a governador derrotado. Humberto fez questão de coordenar e liderar a campanha de Dilma, deixando Armando em segundo plano. 

Alguns nomes podem ocupar segundo e terceiro escalões, principalmente os petistas, como Fernando Ferro (CHESF), Pedro Eugênio (BNB) e Mozart Sales (HEMOBRAS).

Imagina-se que com Marina ou Aécio Pernambuco estaria representado na Esplanada. Com Dilma, as chances são mínimas, quase nenhuma.

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