Um amigo comentou comigo um dia desses de que a estratégia de atração de investimentos para Garanhuns estava equivocada. Empresas como Casas Bahia, Americanas e Assaí, para ficar só nestes, comemorados como avanços econômico e social pela geração de empregos, na verdade retira dinheiro, muito dinheiro, de circulação da região, enviando para outras regiões do país. Não é que se vá recusar os investimentos, mas a cidade precisa focar naquilo que enriquece a região e oferece emprego mais especializado, que pague melhores salários.
Concluindo sua tese, ele disse que: "Região que se desenvolve e prospera é a que produz!".
Se você concorda com o nosso amigo pensador, vamos então fazer uma rápida análise no que já nos destacamos produzindo, em épocas em que Garanhuns se colocava com um dos principais PIB´s do estado; Leite e Café, principalmente.
Nossa bacia leiteira ainda é considerada uma das maiores do Nordeste, mais por conta da região que produz, e nossas indústrias que beneficiam. Mas estamos muito longe do que fomos no passado e do nosso potencial.
Quanto ao café, lembro que tinha uma propaganda nacional na televisão com o ator Rogério Froes (das antigas) que anunciava estar em Garanhuns, nas fazendas que cultivavam os grãos para o Café Cirol Royal. Vejam a importância. Infelizmente nossa agricultura sofreu um processo de inanição. Ainda hoje nossos agricultores reclamam maior apoio.
E nem vamos falar ainda das águas, que estavam em todos os lugares do estado!
Não chegamos a ser uma potência mundial em produção de flores, mas tínhamos a cultura e o respeito, que também foi ficando pelo caminho, sob o risco de perder o título de Cidade das Flores.
Hoje em dia, está em voga investir no terceiro setor, criando mecanismos que apoiem a iniciativa privada, principalmente dos microempresários.
É aí que entra a importância do Festival ExpoFlores, que Garanhuns realiza pela primeira vez. Além da venda, o evento busca estimular que os produtores voltem a investir no cultivo, além de agregar valor com as empresas voltadas para o setor.
Sob qualquer aspecto, a análise será positiva. Tomara que esta perspetiva impulsione outras áreas abandonadas de nossa economia produtiva.
