Roberto Arrais (PCB Estadual), com Anita Prestes e Paulo Camelo, em evento de lançamento do livro da filha de Luís Carlos Prestes e Olga Benário, na semana passada, em Garanhuns |
Após um avanço considerável de setores da oposição, particularmente da esquerda, na série de entrevistas dos pré-candidatos a Prefeito do Garanhuns, no programa “Falando com o Agreste”, da Rádio Marano, o representante do PCB de Garanhuns, Paulo Camelo, foi o único a dizer que o prefeito Izaías Régis, não cumpre as leis, no que diz respeito ao rateio, entre os professores, dos 23 milhões de reais oriundos do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), ora recebido pelo governo municipal.
Auditório do Palace Hotel ficou lotado |
Eis que surgem misteriosamente e simultaneamente duas pesquisas: a primeira tenta afirmar que o governo municipal é “bem avaliado” pela população e a segunda insinua que o Prefeito tem um “bom índice” de aceitação e apenas “sinal amarelo” no índice de rejeição, beirando os 10%. Mas, é público e notório que o governo municipal tem um índice de rejeição próximo dos 20%, portanto já está no “sinal vermelho”.
Lembrando que essa pesquisa, mesmo sendo encomendada pelos representantes da burguesia, já reconhecem, pela primeira vez, a fragilidade do governo Izaías Régis, admitindo que o índice de rejeição já abriga os dois dígitos. Convém lembrar que a população começa a dar sinais de rejeição a tese da reeleição, uma vez que o segundo mandato sempre é pior do que o primeiro.
Estivemos conversando com Anita Prestes |
Os representantes das elites ricas costumam manobrar e transformar a eleição num “Besteirol “ e num “Pastoril Eleitoral”, com acusações mútuas, para manterem o seu domínio sobre a população, transformando algo sério como o é uma eleição municipal, numa disputa entre o “cordão encarnado” e o “cordão azul”, com o intuito de animar a população num embate estéril e despolitizado, geralmente entre candidatos ultrapassados e de direita.
Quaisquer pesquisa de aferição de desempenho de governo e de pré-candidatos, numa cidade de porte médio, como é Garanhuns, custa, cada uma, em torno de R$10.000,00 (dez mil reais). No caso em tela, totalizando R$20.000,00. Cadê a Justiça Eleitoral para questionar esse gasto pré-eleitoral?
Pelo exposto, perguntar não ofende:
1 - Quem contratou e pagou as duas últimas pesquisas?
2 - Qual o interesse de um instituto de pesquisa do Recife fazer pesquisa em Garanhuns?
3 - Porque essa pesquisa foi realizada somente em Garanhuns?
Evidentemente que as pesquisas político-eleitoral, servem como uma “ducha de água fria” na oposição, com o intuito de influenciar o eleitorado e afirmar que o governo municipal não foi abalado pelo recente bombardeio das oposições, especialmente do PCB, nitidamente a segunda força política da nossa cidade.
Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti,
Engenheiro civil, ex-líder estudantil e militante do PCB