Os investimentos realizados pelo Governo do Estado e Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa nos últimos anos no município de Garanhuns, no Agreste Meridional, aliados aos níveis satisfatórios das barragens locais, permitiram o fim do racionamento de água nesta cidade de grande vocação turística e cultural.
Até abril deste ano, a cidade era abastecida por regime de rodizio de dois dias com água e oito dias sem. Isso ocorria porque as bombas do Sistema Cajueiro (estações elevatórias) já apresentavam desgaste natural e precisavam ser substituídas. A Compesa adquiriu quatro novas bombas de elevada potência, um investimento de R$ 1 milhão. Dos quatro equipamentos, dois já foram instalados e, desde então, os moradores da cidade passaram a receber água todos os dias, sem rodízio.
Os demais equipamentos estão sendo instalados e serão usados como reservas para oferecer maior confiabilidade operacional do Sistema Cajueiro, responsável pelo atendimento de 53% do atendimento da população da “Suíça pernambucana”, como também Garanhuns é conhecida por causa do seu clima ameno.
Segundo o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo, desde a operação das novas bombas, não há mais interrupção no abastecimento da cidade. A vazão de água em Garanhuns passou de 380 litros por segundo para 420, após a troca desses equipamentos. Este aumento representou o incremento de mais de 10% na produção total do sistema, beneficiando um total de 130 mil pessoas. “A realidade de Garanhuns hoje é privilegiada dentro do contexto de uma região que detém o pior balanço hídrico de Pernambuco e do Nordeste. As chuvas ocorridas neste primeiro semestre na região das barragens que atende Garanhuns deixaram a cidade em uma situação melhor em relação as demais cidades do Agreste, que estão sofrendo com esta seca severa.”, observou Marconi de Azevedo.
A primeira boa notícia para os moradores de Garanhuns, distante 209 quilômetros do Recife, veio, em 2010, quando foi finalizada a obra da Barragem do Cajueiro, um empreendimento de R$ 27 milhões, que garantiu a sustentabilidade hídrica da cidade, que contava com um abastecimento de água. A partir da operação do Sistema Cajueiro a produção de água do município aumentou em 100%.
Atualmente, a Barragem Cajueiro está com 84% da sua capacidade, o que equivale a 12 milhões de metros cúbicos de água, de um total de 15 milhões de metros cúbicos. A situação dos outros dois sistemas também é bastante favorável. Mundaú está com sua capacidade máxima, o que equivale a 2 milhões de metros cúbicos. Já o sistema de Inhuma possui hoje 3,5 milhões de metros cúbicos, cuja capacidade máxima de armazenamento chega a 6,9 milhões de metros cúbicos.