sexta-feira, 11 de novembro de 2016

PARA NÃO SER PUXADINHO: Danilo Cabral defende candidatura do PSB para Presidência em 2018



Um dos nomes do PSB na Câmara Federal, o deputado Danilo Cabral (PE) defende que o partido lance candidatura própria à Presidência da República em 2018. O PSB foi a terceira legenda que mais recebeu votos em todo Brasil – elegeu 418 prefeitos – e se consolida como uma alternativa de esquerda diante da crise político-econômica que vive o País.

“A defesa da candidatura própria, além da afirmação política do partido e de uma alternativa para o Brasil, nos protege de ‘ataques políticos especulativos’ que nos diminui”, afirma Danilo Cabral. Para o deputado, ou o PSB se impõe como uma força política ou será tratado como “puxadinho” político de forças conservadoras. “Rejeitamos ser e nunca fomos puxadinho do PT. Não é admissível sermos agora puxadinho do PSDB/PMDB”, frisa.

Por isso, Danilo Cabral reitera a posição de independência adotada pelo PSB no início do Governo Michel Temer. “Não temos razões, até aqui, sejam de natureza política sejam administrativa, de nos alinhar automaticamente a esse Governo”, diz.

As afirmações de Danilo Cabral corroboram a posição da ala mais orgânica do PSB, a exemplo do prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, e deputado federal Julio Delgado (MG). O primeiro, em entrevistas logo após o segundo turno, também defendeu o lançamento de uma candidatura própria em 2018 e a unidade do partido em torno dessa proposta. Já Delgado falou sobre a necessidade de o PSB fazer “ajustes ideológicos”, principalmente depois das alianças eleitorais firmadas com o PSDB e com o fortalecimento da liderança do vice-governador de São Paulo, Márcio França.

Danilo Cabral lembra que, em 2013, o PSB, ainda sob a liderança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, deu início ao processo de “divórcio” do PT por discordar da condução do Governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na época, o então governador denunciava que o Brasil caminhava para uma crise fiscal, fato que se confirmou posteriormente. O processo de afastamento culminou com o lançamento da candidatura do PSB à Presidência da República.

Com a morte inesperada de Eduardo Campos em 2014, o PSB precisou se reorganizar internamente e traçar um planejamento estratégico para atravessar o período de crise. “O resultado do PSB em 2016 demonstra que o eleitorado entendeu nossa posição histórica de defesa das transformações sociais. Essa é a nossa identidade e nós não iremos perdê-la”, destaca Danilo Cabral.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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