Antônio João Dourado pode inaugurar em Garanhuns um novo tipo de política não existente por aqui: A familiar.
Embora tenha dito que não traria seu irmão, Marcantônio Dourado, para buscar votos em Garanhuns, na prática sua atuação tem sido diferente, e busca atrair para a família os votos de cada eleição. E Antônio João tem dito uma coisa em público e outra particular, né?
Garanhuns não tem histórico de política familiar. Recentemente Silvino colocou Aurora como candidata a deputada, e não se pode dizer que foi um sucesso. A ex-primeira-dama ficou na suplência e assumiu depois uma vaga na Assembleia. Não se tem notícias recentes de algo assim no executivo municipal. Não houve, não que eu saiba ou lembre, o filho de um ex-prefeito que tenha sido eleito para governar a cidade, ou a outra função que não fosse a vereança. Ou seja, as escolhas de candidaturas são feitas dentros dos grupos políticos e não se levam em consideração o parentesco.
Há agora a escolha petista de Rosa Quidute, esposa de Bartolomeu Quidute, mas segundo todos, a escolha foi feita dentro do partido, sem a participação do ex-prefeito.
Há casos na Câmara de Vereadores: Severino e Sivaldo Albino. Osvaldo e Cid Ferreira. Luís e Cláudio Taveira. Audálio Ramos e Audálio Filho. Mas a grande maioria da eleição dos filhos já aconteceu em outro momento político dos pais, não mais aproveitando a condição eleitoral de um para o outro.
Em Lajedo, no clã Dourado, tem sido diferente. Antônio Dourado, o avô, acaba de ser homenageado, titulando a Escola Técnica recém inaugurada. Seu filho, Antônio João, acaba de renunciar a prefeitura para vir disputar em Garanhuns, mas deve deixar seu filho, Antônio Dourado Filho, para ser o candidato a vice de dr. Rômulo. O deputado é irmão de Antônio João, Marcantônio Dourado. E dizem que o outro irmão, Múcio Dourado, é quem de fato governa a cidade, portanto uma política familiar ainda não vista em Garanhuns nos últimos 200 anos de sua emancipação.
Não é uma questão de competência, até acredito que todos eles são muito bons, se não fossem não se reelegeriam, mas Garanhuns tem histórico democrático de escolha de suas lideranças.