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O Festival de Inverno de Garanhuns chega a sua 22ª edição prometendo dez dias de arte e cultura em homenagem ao eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A abertura do festival acontece no dia 12 de julho, com shows de Elba Ramalho, Dominguinhos, Família Gonzaga, Mourinha do Forró e o projeto Viva Gonzagão, com 12 artistas. As novidades foram anunciadas em coletiva de imprensa no Recife, nesta terça-feira (26).
A programação segue até o dia 21 de julho, com uma extensa programação. Serão 300 shows, com nomes como Milton Nascimento, Lulu Santos, Zélia Duncan, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Erasmo Carlos, Alcione, Jorge Vercilo, Renato Teixeira, Xangai, Lenine, entre muitos outros artistas. Além disso, 67 oficinas e 34 espetáculos de artes cênicas fazem parte da programação.
Ao todo, o festival vai contar com 12 polos, espalhados por toda a cidade de Garanhuns. Cinema, fotografia, literatura e todos os tipos de artes devem estar representados no festival. “É um festival de cultura, não só de música. É um festival da ordem de R$ 15 milhões, que já marca o calendário do estado. Neste ano, não podíamos ter outro homenageado que não Luiz Gonzaga", afirma o presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Severino Pessoa.
O secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Dutra, ressalta a importância de se homenagear o 'pernambucano do século'. "Todas as homenagens a Gonzaga neste ano vão ser poucas, dada a importância dele para a música brasileira. É como se Luiz Gonzaga fosse um ritmo que tem seguidores. Se pudéssemos dizer que ele é um gênero musical, diria que ele é o que tem mais seguidores", acredita.
Como parte das homenagens, a programação vai ter também uma exposição sobre o Rei do Baião, além de uma aula concerto sobre sua obra com mestre Camarão, que esteve presente na coletiva e deu uma prévia do que vai fazer no festival. "É um orgulho poder dizer que somos discípulos de Luiz Gonzaga", afirma Camarão, que foi acompanhado do filho, Salatiel D'Camarão.
Além de homenagear Gonzaga, o festival tem neste ano o foco em sustentabilidade, acessibilidade e empreendedorismo. "As lonas que produzirmos no festival, como testeiras [identificadores dos palcos], por exemplo, vamos recolher e produzir arte com eles, como bolsas, carteiras", avisa o coordenador geral do evento, André Frank.
Outra novidade é o Ambiente Criativo, no Polo Euclides Cunha. "É o nosso espaço voltado para o empreendedorismo, nesse ano, estamos mais do que nunca focados em sustentabilidade", ressalta André.
Sucesso nas outras edições, a programação circense deste ano terá duas sessões para cada espetáculo. "Assim, esperamos atender mais as famílias. Vimos ano passado muita fila para conferir as apresentações, inclusive com pessoas que acabaram não conseguindo assistir", justifica o coordenador.
O secretário de Cultura ressalta ainda a presença de grandes nomes não só da música, como da dança. "O Balé de Londrina vem pela primeira vez ao Nordeste e vai estar no FIG, esse é um ponto muito importante, mostra como estamos nos consolidando ano após ano", defende Fernando.
Um portal sobre o cinema pernambucano também será lançado durante o festival deste ano. “O cinema já é parte obrigatória do FIG, tendo uma programação muito especial, que foi feita em parceria com a Secretaria de Cultura”, explica André Frank.
Entre as novidades deste ano está também a Praça da Palavra, na Praça Souto Filho, em memória ao escritor Luiz Jardim, de Garanhuns, com um mini auditório e um café. "Vamos ter recitais, oficinas, é um espaço realmente dedicado à palavra", explica o coordenador do festival.
Infraestrutura
Para receber melhor os visitantes, a estrutura do festival vai realizar algumas mudanças, como a ampliação da praça de alimentação, projeto de sinalização, ampliação de alguns espaços e criação de espaços de convivência, como o café. “Vamos ter também um mapa do FIG, para facilitar o turista que vier para se guiar pelos polos”, explica André.
Além disso, como um dos focos do festival é a acessibilidade, os espetáculos de artes cênicas vão contar com tradução em libras e áudio-descrição, além de legendas nos filmes para surdos e programação do festival em braile. Nos palcos Guadalajara e Forró/Pop, rampas e camarotes adaptados para cadeirantes e com dificuldade motora serão montados.
Alguns polos só terão a programação divulgada a partir do dia 2 de julho, no site do festival.