domingo, 9 de dezembro de 2012

PT começa operação nacional para desconstruir Eduardo

Parece que o PT nacional perdeu a paciência com Eduardo Campos. O jornalista Magno Martins traz a informação que, usando como fontes o PT estadual, a Revista Época deve trazer em uma das próximas edições uma matéria desconstruindo a figura do administrador moderno Eduardo Campos, que tem se comportado como candidato a Presidente da República, confrontando o PT estadual, o federal, caciques do partido e a própria Dilma Roussef. A exceção seria o ex-presidente Lula, Com quem tem relação de amizade. Mas dizem, Lula já teria se distanciado de Eduardo desde a campanha municipal, pois não esperava o racha em Pernambuco, com a queda do PT local na capital.

Eduardo tem colocado os pés nas duas canoas, segundo Lula. Coloca-se como da base aliada, mas mantém um diálogo aberto com o PSDB de Aécio Neves e tem promovido momentos de ele próprio se lançar como candidato à sucessão de Dilma.

O embate estadual também provocou um racha ainda não absorvido pelo PT (embora o diretório recifense já tenha autorizado a composição com Geraldo Julio) e a direção nacional tem tratado Eduardo como um futuro adversário, vide as recentes declarações de Rui Falcão. O senador Humberto Costa tem buscado o distanciamento, e até pediu independência na capital. Mais recentemente auxiliares diretos da Presidenta têm influenciado para que Dilma comece a cortar as asas do governador pernambucano, e isto poderia vir em várias frentes. Um dos exemplos é a ministra Ideli Salvatti. Membros do Diretório Nacional já teriam também se pronunciado pela relação mais dura, e para isto, algumas medidas poderiam ser tomadas.

Ciro Gomes poderia ganhar projeção nacional em um ministério, dividindo o PSB.

Dilma poderia estar mais presente no Nordeste, terra natal de Eduardo. (Estará em Serra Talhada na próxima semana, verificando e anunciando medidas contra a seca).

Júlio Delgado (PSB) tem sido tratado como adversário na eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados, que tem Henrique Alves (PMDB) como candidato do governo.

E... Nas próximas semanas, alguns veículos de comunicação devem trazer notícias do estado, principalmente a Revista Época, mostrando o Pernambuco de Eduardo Campos, os avanços de um governo competente, mas com traços coronelistas e autoritários do passado. Segundo as informações.

Pode ser o início da desconstrução muito comum na política, onde se busca mudar a imagem que a população faz de um governo, e principalmente, de um governante. Quanto mais forte a presença da mídia, mais intensa é a desconstrução.

Existem casos como o próprio Lula, onde a mídia (e o Grande Partido Golpista, segundo PHA) busca cotidianamente fazer com que o povão se distancie do ex-presidente, que deixou o governo com mais de 80% de aprovação.

Em Garanhuns também tivemos desconstruções. Bartolomeu deixou a prefeitura bem avaliado, mas Silvino, eleito por ele,  conseguiu desconstruir a sua imagem. Porém, depois, sofreu também um processo de desconstrução, voltando agora a usufruir os elogios do seu tempo de gestor. Silvino era bem avaliado, fez tranquliamente o sucessor, mas teve também a imagem rapidamente desconstruída. Nenhum deles conseguiu retornar ao poder depois de afastado.

Em nível estadual, Eduardo em poucos meses, acabou com Jarbas Vasconcelos, mas acabou mesmo! Jarbas tinha excelentes níveis de aceitação popular, mas depois ficou marcado como um administrador ultrapassado. Na eleição seguinte, Jarbas levou uma pisa eleitoral. Este ano voltaram a estar novamente juntos, contradizendo a política pernambucana. Eduardo jogava na conta do ex-governador todas as mazelas do estado. Hoje, distancia-se do PT, que dividia com o governador a oposição ao peemedebista.

Mas o PT nacional também foi responsável por um processo de desconstrução, do ex-presidente Fernando Henrique. A política econômica e o início dos investimentos em programas sociais eram creditados a FHC, mas o ranço jogado sobre ele pelo PT foi tão grande que ficou parecendo que tudo de ruim no país, em 500 anos, deveria ser debitados na conta do sociológo.

FHC passou o governo Lula como carne de porco em hospital.

Agora é com Lula, que deixou a presidência como um semi-deus popular, mas que tem sofrido a perseguição da mídia e a busca investigativa das instituições. Embora ainda idolatrado, o ex-presidente a cada dia se distancia daquela imagem dos seus áureos tempos.

É esta mídia, que pode enaltecer o administardor jovem, vigoroso e capaz que é Eduardo Campos, mas que pode também mostrar um outro perfil, que prejudique sua ascenção em nível nacional.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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