terça-feira, 15 de outubro de 2013

Acaba greve no BNB Garanhuns



Em assembleia realizada na manhã de hoje (15/10), os trabalhadores do BNB de Garanhuns deliberaram pelo fim da greve. As atividades foram retomadas imediatamente.

Em Pernambuco o SEEC-PE e o SEEB Caruaru já tinham encerrado a greve e somente a única agência BNB da nossa base (Garanhuns), persistia firme na luta por uma negociação digna para os Bancários.

Diante do isolamento no Estado, os bancários decidiram por de lado as emoções e, sob protesto, deixar falar mais alto a razão optando pela volta ao trabalho, mesmo sabendo que a forte paralisação nos outros estados é bastante válida e nobre e que o Banco precisa ir além do índice e apresentar novidades de fato que solucionem as inúmeras pendências internas.

Os companheiros entendem que o nosso isolamento dentro do Estado nos tornou vulneráveis. Embora contrariados com o descaso, a falta de respeito e de diálogo e a intransigência da administração do Banco, optaram por retornar ao trabalho. 

O Sindicato, como sempre, respeita a soberana decisão da assembleia. Contudo, repudia veementemente a postura autoritária do Banco, jamais vista durante uma greve no BNB, sobretudo a atitude tomada na manhã de hoje, quando funcionários receberam telefonemas considerados ameaçadores, pressionando e exigindo o retorno ao trabalho. Além disso, o Banco usou de seus veículos oficiais de comunicação para convocar pessoas a irem à assembleia votar a favor da proposta (já rejeitada). Para o SEEB Garanhuns, trata-se de uma postura antissindical, que diz respeito à interferência no direito de greve e à livre decisão da base em exercê-lo, além de assédio moral. A entidade entende que essa postura do Banco, de constrangimento, deve ser motivo de interpelação do Ministério Público do Trabalho, podendo os sindicatos agir nesse sentido.

A diretoria do Banco deveria se ocupar na construção de uma proposta decente, não em formas de ameaçar seus trabalhadores. O governo federal, por sua vez, é corresponsável nessa situação por se eximir à responsabilidade de negociar as questões específicas dos bancos públicos e não apresentar uma proposta que considere as suas especificidades.

Texto: Juliana Dias

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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