sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PRÊMIO JABUTI: Flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação



O livro ‘Flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação’, coordenado e também escrito pelo professor José Alves de Siqueira Filho, tirou o primeiro lugar na categoria Ciências Naturais do 55º Prêmio Jabuti. Considerada a mais importante premiação editorial do país, o evento encerrou suas inscrições com 2.107 participações, em 27 categorias. A lista dos vencedores foi divulgada ontem (dia 17/10).

A publicação reúne a produção científica desenvolvida no Centro de Referências em Recuperação de Áreas Degradadas (Crad Caatinga) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e também de pesquisadores de 39 instituições. A edição contou com o apoio financeiro do Ministério da Integração Nacional como um dos 38 programas científicos e socioambientais desenvolvidos pelo Programa de Integração do Rio São Francisco.

O professor José Alves destacou a parceria do órgão para levar adiante o registro dos estudos desenvolvidos, principalmente, na Univasf. “Tive apoio do Ministério da Integração Nacional quando a primeira vitória era, apenas, conseguir publicar esse levantamento”, declarou, comemorando a premiação.

Pesquisa – A organização do ‘Flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação’ contou com a colaboração de 99 pesquisadores, todos com titulação científica e, alguns deles, ilustres também no exterior. A editora responsável pela reunião de estudos científicos, fotos, mapas, infográficos, imagens de satélite, croquis e ilustrações foi a ‘André Jokobsson Estúdio Editorial’.

O livro é o resultado de quatro anos de pesquisa científica na área de influência do Programa de Integração do Rio São Francisco. A obra apresenta 1.031 registros de plantas e atesta a riqueza da flora do bioma caatinga, muitas vezes retratado apenas a partir de imagens monocromáticas. Ilustrado com flores e muitas cores, o livro acaba com falsos mitos, como o da baixa diversidade do bioma.

Para se chegar ao resultado, foram percorridos 340 mil quilômetros em 212 expedições, cujo resultado recheia as 515 páginas da edição. Além da retratação da flora, a publicação propõe estratégias para conservação do bioma, apresenta um estudo detalhado das plantas aquáticas do semiárido e oferece um modelo analítico sobre a distribuição de árvores nativas, tudo georreferenciado.

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