segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PSB de Pernambuco age pela unidade nacional. Renata Campos demonstra habilidade política!



O atual presidente do PSB nacional, Roberto Amaral, que assumiu o posto com a morte de Eduardo Campos, imaginando que não seria reeleito em dezembro, na convenção do partido, tomou a decisão de antecipar as eleições para esta segunda-feira (29), em plena campanha para governadores e até para a presidência, onde a sigla disputa acirradamente com a candidatura de Marina Silva. Com esta decisão, desarticulou qualquer possibilidade de que pudesse ser lançado um outro nome contrário a sua recondução. Não haveria tempo hábil para a criação de uma chapa de oposição.

A antecipação de Roberto pegou muito mal, e o PSB se viu num debate de bastidores, com a repreensão cada vez maior ao presidente, partindo principalmente do candidato a vice-presidente, Beto Albuquerque e do PSB de Pernambuco, que tem 25% dos votos na Convenção Nacional, e por isto sempre esteve no comando desde Miguel Arraes, passando depois para Eduardo Campos. Amaral foi vice de ambos.

Contudo o regimento partidário não impedia esta antecipação da eleição interna, ficou somente na questão ética da coisa. Muita gente pensou em iniciar uma batalha judicial, mas pegaria muito mal em plena campanha para presidência e nos estados.

Partiu de Pernambuco, do Diretório Estadual, e principalmente de Renata Campos, o pedido para que a Executiva Nacional adiasse a eleição interna para o dia 13 de outubro, portanto, o primeiro turno das eleições já terá passado, e o partido toma fôlego para buscar a unidade, 

E parece que ela já começa a acontecer. O prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que poderia concorrer contra Roberto Amaral, pode ser a indicação a vice, ficando no cargo pelos próximos três anos, e depois conduzido naturalmente à presidência, em 2017, já estando no cargo na próxima eleição para Presidência da República. Assim, Pernambuco voltaria a comandar o partido.

Se o processo foi conduzido de bastidores pela viúva Renata Campos, ela demonstra ter visão estratégica e olhar para o futuro, como fazia o ex-governador Eduardo Campos, que parecia enxergar mais de uma década na frente, e não somente a cada ciclo eleitoral.

Foi pelo pedido direto de Renata que a eleição do PSB não acontece nesta segunda-feira, e o nome de Geraldo Júlio saiu de dentro da casa mais socialista do estado. Enquanto os filhos, principalmente João, herdaram o fervor das ruas, do discurso e da presença popular, Renata Campos demonstra ter a habilidade da líder em resolver os entraves políticos, que Eduardo fazia como poucos, conseguindo unir adversários e ampliar suas bases.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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