As redes sociais amanheceram tomadas por indignação, originada pela intervenção fascista e homofóbica do candidato Levy Fidélix no debate de presidenciáveis realizado pela TV Record no domingo à noite. Temos que canalizar a força dessa revolta em uma pauta política, e avançar na luta contra a homofobia que mata por todo o Brasil.
No dia 19 deste mês, no fechamento da Semana da Diversidade, participei de debate de candidatos ao governo organizado pela ONG Leões do Norte e pela boate Metrópole. Iniciei minha apresentação afirmando que há uma série de políticas que precisam ser implementadas, algumas incluídas em nosso programa de Governo, mas que o centro da mobilização e luta política tem que ser pela criminalização da Homofobia. O candidato Armando Monteiro se fez ausente e mantém um discurso vago sobre a criminalização. Já Paulo Câmara tentou fugir do balanço negativo do atual governo na área de Direitos Humanos, que no fim de 2013 intencionou extinguir a Secretaria Executiva de Direitos Humanos - que só foi mantida por pressão da sociedade -, e do abandono orçamentário do Conselho Estadual de Direitos Humanos. Não assumiu posição sobre a criminalização da Homofobia e nem sobre o casamento civil igualitário.
Minha participação no debate foi encerrada com um chamado à mobilização para o combate à intolerância e por mais direitos e liberdade, e para que se coloque a luta pela criminalização da homofobia no centro da ação politica. Se a homofobia já tivesse sido tipicada como crime, Levy Fidélix teria saído preso dos estúdios da Record. O exemplo do que sucedeu aos racistas que insultaram o goleiro Aranha, do Santos, é a demonstração de que a sociedade precisa dessa lei para se proteger dos fascistas, homofóbicos e intolerantes.
Criminalizar a Homofobia já!
Zé Gomes, candidato do PSOL ao Governo de Pernambuco