quarta-feira, 8 de outubro de 2014

PSB deve ficar com Aécio e fortalecer Geraldo Júlio

O PSB nacional se reúne nesta quarta e deve definir o apoio a Aécio Neves no segundo-turno da eleição presidencial. O partido já tem vários apoios para esta decisão, como a da Rede, grupo interno ligado a Marina Silva, o governador pernambucano, João Lyra, o irmão de Eduardo Campos, Antônio Campos e principalmente de Renata Campos, víuva do ex-governador, e candidato a presidente que morreu tragicamente no meio da campanha.

Para fechar este apoio, algumas questões serão colocadas na mesa para o PSDB de Aécio. Pontos cobrados por Marina, como seu programa de sustentabilidade, e o fim da reeleição para presidente. Aécio já concordou.

O PSB para se fortalecer no estado, deve pedir a retirada do nome de Daniel Coelho como candidato a prefeito da capital, facilitando a reeleição de Geraldo Júlio. Não teria sentido apoiar o PSDB em nível nacional e sofrer com a oposição ferrenha do tucano local.

Neste processo de fortalecimento do PSB pernambucano em nível nacional, que perdeu a presidência com a morte de Eduardo, o próprio Geraldo Júlio pode ser indicado para concorrer contra Roberto Amaral na eleição da próxima segunda-feira. Amaral tem ligações mais para o lado petista, foi ministro de Lula, e num momento que o PSB defende a mudança no país, precisará de um presidente alinhado com este discurso. Seria também uma forma de Pernambuco voltar a ter o controle da legenda.

Se der Aécio, o PSB de Pernambuco cresce nacionalmente, integrando o governo e colocando pontos do ideário de Eduardo Campos na agenda nacional. Neste momento, com Dilma, o estado não tem nenhum ministério. A grande maioria atende ao fatiamento com os partidos aliados, principalmente o PMDB.

Ideologicamente o PSB sempre esteve mais próximo do PT, mas as queixas recaem especificamente sobre o governo de Dilma. A presidente sempre se refere aos últimos 12 anos, sem deixar claro os números do seu governo.

Qualquer lado que escolha, o PSB será criticado. Ou por voltar a apoiar o governo de Dilma, que tanto criticou, ou por se aliar à direita da política nacional, representada por Aécio. Entretanto, se estiver na aliança que ganhar a eleição, será um dos grandes vencedores de 2014, depois de um resultado extraordinário no estado. Tudo fruto ainda da semente plantada por Eduardo.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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