Membros de diretórios estaduais e a executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro - PSB, que concorreu à presidência com Eduardo Campos, depois substituído por Marina Silva, e que apoiou o tucano Aécio Neves no segundo turno, reúnem-se hoje em São Paulo (sem Marina) para definir a posição do partido em relação ao Governo Federal, ou seja, como ficará em relação a Dilma e seu governo.
O PSB perdeu alguns governos estaduais, mas cresceu quase 50% no Congresso Nacional, e é isto que chama a atenção. São 34 deputados federais, além dos governadores de três estados-chave. Os nordestinos Paraíba e Pernambuco, e o coração político do país, Brasília.
Três posições podem acontecer: Um apoio programático, atendendo ao chamado de diálogo de Dilma, que aceitaria determinadas posições socialistas. Uma oposição direta, entretanto descolada do PSDB, que já ocupa majoritariamente o espaço do antagonismo. E a independência, votando aquilo que acha importante para o Brasil, sem participação nos debates governistas que antecedem aos projetos.
Os discursos até agora foram pelo diálogo, mas sem antecipar a provável definição. Nomes como Tadeu Alencar, eleito deputado federal e o próprio Paulo Câmara, colocam a importância da boa relação institucional. Se isto vai possibilitar em uma maior aproximação com o governo, veremos mais tarde ou com o passar do tempo.
De certo, Dilma gostaria muito de contar com o PSB. Por dois motivos. Precisa recompor sua base, e o PSB ofereceria o discurso de mudança, de um novo governo, que Dilma tentou impregnar em sua campanha.