Estudantes dos cursos de Sistemas da Informação e de Administração do Campus da UPE em Caruaru vão paralisar suas atividades estudantes nesta terça-feira (29) e realizarão um protesto pacífico com o objetivo de chamar atenção da reitoria da universidade para uma série de reivindicações que eles afirmam solicitar há alguns anos, mas que não estariam sendo atendidas pela instituição. À noite, por volta das 19h 30, os estudantes dos dois cursos se reunirão e realizarão uma passeata descendo por toda a Avenida Agamenon Magalhães, até as proximidades do Grande Hotel.
Os estudantes prometem fazer manifestação vestidos de preto e carregando velas e caixões, no quais estará escrito “Educação Pública”. Segundo os estudantes, as precariedades do Campus se referem a falta de estrutura, número insuficiente de professores, bolsas de estudo atrasadas ou inexistentes, promessa de campus novo há alguns anos, enquanto os universitários continuam estudando no complexo montado no Polo Comercial, onde os alunos têm que pagar estacionamento.
Estudantes da instituição consideram que estrutura do Campus Caruaru é defasada.
Vice-presidente do CA de Sistemas da Informação na UPE, Rik Daniel está no 6º período e diz que outro grave problema é a falta de autonomia do campus caruaruense. “Creio que o maior problema que enfrentamos hoje é a falta de autonomia do nosso campus, como todo mundo sabe, somos dependentes de Garanhuns, aí qualquer necessidade que temos aqui, é necessário fazer um pedido a garanhuns, e isso demora muito tempo”, explica. Rik diz que isso afeta diretamente a qualidade do Campus, que possui 3 laboratórios, mas apenas 2 estão sendo utilizados, com computadores antigos, que não atendem as necessidades de um estudante de Sistemas.
Também estudante de Sistemas, Kayo Henrique está no 3º período, é membro do CA e diz que a atual estrutura do Campus prejudica a rotina de estudos e traz encargos financeiros. “Temos ótimo professores os melhores, porém são poucos e estão sobrecarregados, não temos biblioteca que dêem suporte para o curso e sem falar na questão de um restaurante universitário que é inviável, pois alunos do curso de Sistemas – que tem período integral – precisam passar o dia todo na faculdade e compram um almoço por R$8,00″, reclama. Ainda segundo Kayo, o CA anterior do curso havia solicitado a prestação de contas do Campus da UPE, para saber como estavam sendo destinados os recursos para a instituição, mas não foram atendidos.
O protesto em Caruaru acontece em um momento no qual os próprios servidores da universidade se mobilizam com o objetivo de conseguirem melhores condições de trabalho e os estudantes de Medicina do Campus de Garanhuns também realizam um processo de paralisação por melhores condições de ensino
Do Blog do Mário Flávio - Com informações da Liberdade