quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pela FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS (FAMEG) - Por Dr. Ivan Rodrigues

O Jornal do Commércio de ontem (16.07), em sua coluna Pinga Fogo, traz o seguinte tópico: “O Custo de Uma Posição. “Traidor”. A pecha foi dada ao ex-vereador do PT do Recife e atual Secretário de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mozart. Ontem, líderes de entidades médicas no Estado, no pós-coletiva, acusaram Sales de não ajudar no diálogo com Dilma (PT), que vetou parte da Lei do Ato Médico e mandou importar médicos. Ruim para Sales em 2014.”

A notícia provoca uma reflexão imediata - O que é isso?: Contradição, Incoerência, Infidelidade Partidária, Deslealdade, Interesses Subalternos ou Convicção Frágil desse moço? Para esclarecer melhor a questão, destaque-se que esse moço foi Vereador do PT no Recife, Chefe de Gabinete de Humberto Costa (PT) quando Secretário de Saúde Municipal no governo João Paulo (PT), Secretário de Humberto Costa (PT) no Ministério da Saúde no governo Lula (PT) e atualmente é Secretário do Ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT), no governo Dilma (PT) e os Ministérios da Saúde e da Educação a quem estão afetos a questão são dirigidos por Alexandre Padilha PT) e Aloísio Mercadante (PT).

Do mesmo modo a questão da reabertura da FAMEG em Garanhuns. É importante relembrar que muita gente ouviu esse moço afirmar, em atos de ofício e com toda ênfase, que a Faculdade de Medicina de Garanhuns (FAMEG) nunca seria autorizada a funcionar, a despeito de haver cumprido todos os requisitos para a portabilidade do sistema estadual para o federal, conforme determinado pela lei e já se encontrar nos gabinetes ministeriais para assinatura final.

Afinal, a quem serve esse senhor? Porque essa estranha má-vontade com a FAMEG, quando é sabido que mesmo aqui em Pernambuco novas faculdades foram autorizadas? Se é bastante claro que o programa do Governo Federal explicita a necessidade e até urgência da criação de novas escolas para ampliar a oferta de profissionais da área médica e para–médica, porque esse moço afronta a diretriz do Governo Federal e coloca-se contra a reabertura da FAMEG? Será o medo de perder o emprego que leva esse moço, que fez carreira política através das lutas sindicais, contraditoriamente, a colocar-se contra a classe médica a ponto de ser taxado por ela de “traidor”? E a sua postura é coerente e leal com o PT, partido que lhe serviu de berço e instrumento na construção de sua carreira política?

Por uma questão de Justiça, destaco o empenho desenvolvido pelo Senador Humberto Costa que participou de uma audiência com o Ministro, reivindicando a reabertura da FAMEG e do Deputado Fernando Ferro empenhado desde o início do movimento, lutando junto aos ministérios e chegamos a participar de uma audiência com o Governador Eduardo Campos.

No meu entender, mesmo que a questão da faculdade em Garanhuns seja considerada como uma questão menor pelos tecnocratas, temos que permanecer atentos e não se deixar ludibriar ou envolver pelo dilema criado entre a voracidade corporativa da classe médica e a insensibilidade do Governo Federal, mas não podemos deixar de considerar a circunstância de que as maiores lideranças envolvidas no processo pertencem ao PT e que esse Partido está comprometido com a Governança Municipal de Garanhuns.

O que esse Partido está fazendo, de acordo com a sua responsabilidade política legitimada pelas eleições de 2012, para cumprir o seu dever de defesa intransigente dos interesses de nossa terra, ou a composição com 
o PTB foi apenas eleitoreira? Porque não se bota o povo na rua para reivindicar um legítimo direito da população, uma vez que o funcionamento da faculdade irá proporcionar criação de empregos e renda superior a muitas outras atividades mais decantadas? Sabemos que a falta de visão e planejamento estratégico – que nunca foi feito em Garanhuns – dificulta esse entendimento, mas, mesmo assim, se as lideranças políticas não tomam a iniciativa, porque as lideranças empresariais, sindicais, redes sociais não se encarregam de difundir o efeito benéfico do desenvolvimento e implantação de faculdades superiores, conscientizando sua importância para motivar e envolver toda a comunidade no processo? Já explicaram à população que uma faculdade de medicina funcionando, garantiria dentro de 6 (seis) anos a existência de no mínimo 600 (seiscentos) alunos, alguns trazendo suas famílias para morar aqui, sem contar as centenas de professores que aqui viriam em igualdade de situação e a criação de centenas de empregos diretos e indiretos? Iremos nos limitar à reuniões fechadas, com decisões que são esquecidas na hora em que terminam, sem que se dê qualquer conseqüência proveitosa aos reclamos? Ao invés dos focos dispersos, porque não se coloca na voz das ruas de Garanhuns, como tema prioritário, o clamor do funcionamento da FAMEG?

Convoco, com toda a veemência, e dou a palavra aos meus queridos amigos do PT de Garanhuns, a começar pela respeitável figura de nossa Vice-Prefeita Rosa Quidute que divide a responsabilidade institucional do comando político de Garanhuns e os companheiros Eraldo Ferreira (Eraldo do PT), Pedro Passos, Chico do INPS, querida professora Carminha, para assumirem a vanguarda desse movimento visando obter a autorização de funcionamento da FAMEG, em contrariedade ao burocrata de plantão hoje acusado “traidor” pela classe médica. Prometo que, seguramente, estarei atrás segurando as bandeiras.

IVAN RODRIGUES

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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