PESQUISAS DE INTENÇÃO DE
VOTOS (%) PARA PRESIDENTE
agosto e setembro de 2013 - BRASIL
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Candidato
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Datafolha
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Vox Populi
|
CNT/MDA
|
Paraná Pesq.
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IBOPE
|
Média
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Dilma Rousseff
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35,0
|
38,0
|
36,4
|
35,4
|
38,0
|
36,6
|
Marina Silva
|
26,0
|
19,0
|
22,4
|
25,1
|
16,0
|
21,7
|
Aécio Neves
|
13,0
|
13,0
|
15,2
|
14,8
|
11,0
|
13,4
|
Eduardo Campos
|
8,0
|
4,0
|
5,2
|
6,5
|
4,0
|
5,5
|
B/N/N*/NS/NR/IND
|
18,0
|
26,0
|
20,8
|
18,2
|
31,0
|
22,8
|
Data
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7-9/ago
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31-3/set
|
31-4/set
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10-15/set
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12-16/set
|
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B = Branco; N = Nulo; N*=
Nenhum; IND= Indeciso; NS = Não sabe; NR = Não respondeu
|
Fonte: elaboração própria com base nas pesquisas listadas
O Ibope divulgou nesta quinta (26) uma nova pesquisa nacional
de intenção de votos para presidente da República, apontando Dilma Rousseff com
38%, seguida de Marina Silva com 16%, Aécio Neves com 11% e Eduardo Campos com
4%.
Com a entrada de José Serra, que alcançou 13% de intenções de
voto, no lugar de Aécio Neves, não há mudanças significativas nos percentuais
de Dilma (37%) e Eduardo (4%), sendo que apenas Marina teve impacto maior (cai
para 12%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 16 de setembro,
quando foram entrevistados 2002 eleitores. A margem de erro é de dois pontos de
percentagem, para mais ou para menos.
Relativamente ao levantamento que o Ibope fez em julho
passado, Dilma cresceu oito pontos, Marina perdeu seis, Aécio dois e Eduardo
um. Nos dois levantamentos há cerca de um terço de eleitores que não sabiam
ainda em quem votar ou que votariam em branco ou anulariam o voto.
Até a pesquisa do Ibope, se estava delineando ligeiro
crescimento da pontuação conjunta dos adversários de Dilma, conforme se pode
constatar na tabela que acompanha o texto.
Os novos dados não confirmaram essa eventual tendência. Pelo
contrário, houve uma inversão a tal ponto de a votação somada de Marina, Aécio
e Eduardo diminuir ao nível mais baixo de todos os registrados nas pesquisas
anteriores, a partir do Datafolha de agosto.
A diferença de metodologia dos institutos pode,
eventualmente, explicar a alta diferença de pontuação conferida a Marina pelo
Paraná Pesquisas e pelo Ibope, já que as duas pesquisas foram a campo
praticamente nos mesmos dias (com um overlapping
de quatro dias).
Diferentemente do registrado nas pesquisas anteriores
mostradas na tabela (exceto na do Vox Populi, em que houve empate técnico), a
do Ibope aponta para desfecho da eleição no primeiro turno, se a eleição fosse
levada a efeito hoje.
No geral, os dados da tabela indicam que a recuperação de
Dilma, após as manifestações do mês de junho, é bastante vagarosa, com
intenções de voto gravitando no entorno de 36% a 37%, e sem que se possa,
ainda, vislumbrar tendência definida de crescimento.
Os números discretamente mais favoráveis da economia, em que
pese a renitência da inflação, o maior controle da alta do dólar e programas
sociais importantes, como o Mais Médicos, ainda não chegaram a sensibilizar os
eleitores. Daí por que os números da presidente mudam marginalmente.
Mesmo assim, com pontuações estacionárias nesses meses de
agosto e setembro, a presidente Dilma Rousseff se beneficia da incapacidade de
seus adversários de crescerem na preferência popular.
Os eleitores, pelo
menos um em cada três, estão avaliando o ambiente político-eleitoral,
acompanhando as movimentações dos pré-candidatos e, simplesmente, não querem se
posicionar agora. O compasso é de espera. Os protestos de rua do mês de junho
parecem coisa do passado. O ambiente é de letargia. Não se devem esperar
grandes oscilações no curto prazo.
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Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e Institucional, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. mauricio-romao@uol.com.br, http://mauricioromao.blog.br.