terça-feira, 26 de novembro de 2013

Estudantes da UFRPE/UAG se revoltam com caso de suposta discriminação no campus Garanhuns

Jovem algemado gera debate sobre
a discriminação dentro das universidades
"Um dia após a data de comemoração da consciência negra, dia 21, houve um fato na UAG-UFRPE que deixou a comunidade acadêmica indignada: Um jovem entrou em um dos laboratórios de informática da UAG para acessar a internet. Ao perceber que o mesmo não era um estudante da unidade, a instituição acionou a segurança, que o abordou em tom de arrogância, segundo estudantes que estavam presentes no laboratório. 

O jovem, de nome Felipe, tentou se defender alegando que não fazia nada de errado, que era uma pessoa de bem e que só estava ali para acessar a internet, com urgência, e que não estava cometendo nenhum crime. Poucos minutos depois, a polícia militar apareceu na UAG, colocou sua viatura em uma das passarelas, onde passam estudantes de um prédio a outro, entrou no laboratório, agredindo o rapaz na frente de vários estudantes, levando o jovem algemado.

Ao tentarem colocá-lo dentro da viatura, o rapaz se proclamou inocente na frente de todos, alegando que estava sendo vítima de discriminação social e racial. Logo após isso, os policiais o mandaram calar a boca e afirmaram que “a constituição não valia de nada e se Dilma levou na cara na ditadura, quem seria ele para não apanhar?”, batendo novamente na cabeça do jovem com um capacete de ciclista (vários vídeos foram feitos do ocorrido)."
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AGORA COMIGO: O texto acima está no Blog Movimento Resistência, e revela o caso que tem sido motivo de revolta de vários estudantes, como relata a Isadora Alves, estudante de Agronomia da UAG e diretora da UEP, que assina o texto acima. Quem quiser continuar lendo, é só clicar aqui.

O caso abre uma necessidade de se debater a segurança nos campus da cidade, principalmente lá na UAG. Trataram este caso como sendo um indivíduo de alta periculosidade, mesmo diante da falta de evidências, e onde deveria haver um aparato que garanta a tranquilidade dos jovens, no entorno da UFRPE, tem sido negligenciado.

Resta ainda o debate sobre discriminação e racismo, além da segurança. Não sei se ficou caracterizado, mas foi levantado pela instituição que defende os estudantes, que faz a indagação se o rapaz fosse branco. Aí já avalio que há uma subjeção ao caso concreto que foi a maneira com que o rapaz foi tratado, algemado e preso. O texto chega a dizer que a instituição ainda tem resquícios da Ditadura Militar.

Não sabemos se é exagero, o fato é que aconteceu e merece melhor esclarecimento. Acho que se tivesse realmente resquício da ditadura, não levariam só o rapaz.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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