Filiado ao PTB do senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro Neto, o prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano, causou polêmica na política estadual ao anunciar, na semana passada, seu apoio a Paulo Câmara (PSB), pré-candidato de Frente Popular e principal adversário do representante do seu partido na disputa ao Palácio do Campo das Princesas.
De acordo com a carta aberta à população gravataense, publicada pelo próprio gestor municipal, o principal motivo do não comprometimento com a pré-candidatura de Armando Monteiro se deu pela falta de investimentos federais na cidade.
Tendo em vista o ingresso do petebista na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o caminho mais natural a ser seguido, segundo o prefeito, foi apoiar o candidato do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que, nas palavras de Bruno Martiniano, foi o responsável direto por grandes obras executadas no município, tais como a reforma do Hospital Paulo da Veiga pessoa e a pavimentação da rodovia PE-87.
Leia, na íntegra, a carta de apoio de Bruno Martiniano a Paulo Câmara:
“Tendo em vista as recentes especulações, tratando de meu apoio ao pré-candidato a governador, o socialista Paulo Câmara, decidi trazer à população gravataense os motivos que justificam nosso engajamento nesta causa, que é a melhor para o Brasil, para Pernambuco e para Gravatá.
Durante o exercício de 2013, percebemos uma grande queda nos repasses de recursos federais para os municípios, queda esta que vem se perpetuando em 2014, e mesmo com os esforços dos prefeitos em diversas frentes, não foi possível, em 15 meses de tentativas, rever esta política do Governo Federal que vem sufocando as administrações municipais.
No contraponto, assistimos um franco crescimento da economia estadual, com desenvolvimento perceptível em saúde, educação, no segmento industrial e comercial, este refletindo no crescimento contínuo do ICMS e dos índices sociais no estado.
Posso citar ainda a proposta do ex-governador e futuro presidente do Brasil, amplamente divulgada, que traz para o campo da realidade a discussão sobre o Pacto Federativo, que pretere os municípios na distribuição do bolo de recursos. Considero a proposta de Eduardo Campos séria, comprometida com os municípios e melhor para o Brasil, para Pernambuco e para Gravatá.
Na busca por apoio do Governo Federal, diversos projetos foram formatados com o intuito de conseguir recursos para executar obras de importância para Gravatá, que trouxessem um crescimento estruturador, mas, também não estamos tendo sucesso nesta frente, apesar de todos os esforços compreendidos. Mesmo com atenção máxima aos procedimentos e burocracia exigidos, sem causa aparente, estamos perdendo os recursos já empenhados, como a implantação do atendimento em especialidades médicas em Gravatá, que teve o empenho anulado sem promessa de novos pleitos.
Posso registrar que municípios menores foram contemplados com mais recursos, e que esses recursos estão sendo repassados aos municípios, muito diferente do que acontece conosco, em Gravatá. Nesta esteira, mais uma vez contraponho com a atitude do governo estadual, reconhecendo que pela ação direta do deputado Waldemar Borges, foi autorizada a reforma do Hospital Paulo da Veiga Pessoa, custeada 90 % com recursos do estado e que está em fase de liberação dos recursos, traduzindo uma política verdadeira e de apoio, melhor para o Brasil, para Pernambuco e para Gravatá.
Não tivemos a oportunidade de receber uma só obra nova custeada com recursos federais, apenas estamos executando lentamente uma obra que vem da gestão anterior e que não se conclui pela falha no projeto herdado da administração federal, com diversas omissões e falhas de projeto, já discutidos amplamente inclusive em programas de televisão de audiência nacional.
O governo estadual entregou o Parque da Cidade, entregou a Escola Técnica Estadual e se comprometeu a fazer a regularização das rodovias e ruas do município e em finalizar a pavimentação da PE-87, que liga o Centro de Gravatá aos distritos de Mandacaru e Uruçu. Melhor para o Brasil, para Pernambuco e para Gravatá.
No campo da governabilidade, trabalhamos uma ampla reunião de forças, abrindo a discussão com os vereadores, suplentes de vereador, lideranças comunitárias, pessoas ligadas aos sindicatos e todos os que compõem nosso grupo político, promovendo a discussão com todo o grupo e observamos uma clara tendência ao grupo socialista, quase que sempre motivada pela ausência dos trabalhistas nos eventos do município, no cotidiano das atividades sociais e políticas desenvolvidas.
Em clara demonstração de uma atitude de interesse com os que fazem o município de Gravatá, tivemos a presença permanente do então governador Eduardo Campos, junto com todo o seu grupo técnico e político, em mais uma atitude que não discriminou o povo de Gravatá, não trouxe prejuízos, pelo contrário, enriqueceu nosso grupo e fortaleceu nossos atos, sendo muito melhor para o Brasil, para Pernambuco e para Gravatá.
Sou representante deste povo, que admiro, respeito e sirvo. Recebi da maioria da população gravataense a incumbência de fazer nossa terra crescer e se desenvolver, e para conseguir isso sou impulsionado a buscar as melhores condições de trabalho e de apoio para cumprir meu objetivo. Não vou falhar nesse trabalho, não vou me omitir nesse compromisso, preciso sempre buscar e oferecer o melhor para Gravatá, para Pernambuco e para o Brasil.
Com muita satisfação, caminho junto dos amigos de Gravatá: Eduardo Campos, Paulo Câmara, Fernando Bezerra Coelho e Waldemar Borges.
Bruno Martiniano (PTB).
Prefeito de Gravatá.”