O jovem João Campos, filho de Eduardo, iniciou sua trajetória política nas caminhadas e comícios da Frente Popular no Agreste este final de semana. Sua participação foi muito elogiada. Com discurso firme e emocionado, O Filho da Esperança, como chamamos, trouxe a família Campos para a campanha de Paulo, Fernando e candidatos à proporcional. Na agenda que fez ao lado do candidato a vice, Raul Henry, o jovem acabou virando protagonista, encerrando todos os eventos com sua fala. Boa dicção, argumentos, firmeza e emoção na fala, aliados ao gestual de direto remete ao pai, João Campos surpreendeu até quem já conhecia sua veia política.
No momento em que os trabalhistas amargam 10 pontos percentuais atrás nas pesquisas, lidar com mais este componente que une a política e o emocional das pessoas não estava programado. Pra completar, Renata Campos ainda foi ao Guia Eleitoral de Paulo na noite desta segunda-feira, aumentando a exposição da família e aumentando a carga eduardista na reta final da campanha.
Participação de João nos comícios foi criticada por Paulo Rubem |
Coube a Raul Henry oferecer a primeira resposta: “Vejo como lamentável a atitude de um homem com a idade e experiência de Paulo Rubem querer censurar, intimidar e constranger um jovem de 20 anos, para impedi-lo de exercer sua militância política. Chamar isso de apelação e manipulação é uma agressão injustificável. Mesmo diante da frustração da derrota iminente”,
FERNANDO PEDE QUE NÃO RESPONDAM ATAQUES: “Nossos adversários estão claramente desesperados, partindo para os ataques pessoais e baixando o nível. Nós vamos continuar mostrando as nossas propostas e defendendo o legado deixado por Eduardo Campos. O povo pernambucano quer que este trabalho continue, porque ele melhorou a vida das pessoas”.
Em Barreiros, João Campos, em seu discurso, pareceu responder: "Sou apenas um jovem de 20 anos, um militante. Falo com o coração e a coerência."
A verdade é que a morte de Eduardo mudou a história desta campanha, e os trabalhistas não souberam ou não têm como enfrentar a nova conjuntura, que trouxe a carga emocional e a família para dentro da campanha. João, Renata e todos os outros estão somente levando o nome de Eduardo adiante, que não seria consagrado se Armando se elegesse governador. Para a memória de Eduardo, e manutenção do seu projeto de governo, a família sabia que precisava entrar na campanha de Paulo. Acho até que cabe a Marília, neste momento, preservar-se, pois o estado está aprovando o que a família Arraes está fazendo pelo legado de Eduardo. Renata está sendo tratada como guerreira e João como o sucessor político. Marília não pode por um desacordo eleitoral, mágoa por 2014, perder o futuro promissor.