Rodrigo Rollemberg, governador eleito do Distrito Federal |
Vamos começar pela Paraíba. onde o governador reeleito, Ricardo Coutinho, teve uma recuperação surpreendente e venceu Cássio Cunha Lima. Ricardo (PSB) já havia anunciado seu apoio a Dilma.
Em Brasília, Rodrigo Rollemberg também teve uma vitória brilhante, saindo das últimas colocações e vencendo com maestria, agradecendo já no primeiro momento a Eduardo Campos. O atual governador Agnelo Queiroz não foi nem pro segundo turno, e o Zé Roberto Arruda foi impedido por ser ficha-suja. Ganhou a melhor opção.
Em Pernambuco a vitória de Paulo Câmara foi bela, como em um filme triste com final feliz. Mas a perda foi enorme. No resumo da ópera e na projeção para 2015, uma necessidade de diálogo com o Governo Federal, que diminuiu repasses, fechou as torneiras, impediu empréstimos e vai ganhando por asfixia. Paulo Câmara sabe que continuando assim, o arrocho que se desenha pode ser ainda maior.
Mas é bom também para Dilma, que perdeu quantitativa e qualitativamente apoio no Congresso Nacional. A base aliada está inconstante e imprevisível. Além disso, os primeiros nomes que vêm na cabeça são os de sempre, o que não soma em nada. Para Dilma, receber o PSB seria caminhar de encontro à sociedade. Os socialistas saíram fortalecidos no discurso por um novo governo mais aberto aos anseios.
Deputados eleitos já convergem na necessidade do diálogo, que pode acontecer em uma oposição sugestiva ou mesmo em um apoio moderado, baseado em acordos programáticos, como gostava de dizer Eduardo.
Pode acontecer.
Restaria saber se haveria uma reaproximação com o PT no estado, já que com o PTB o embate foi mais duro, e muita coisa foi falada durante a campanha no plano pessoal, dificultando a absorção no pós-eleitoral.