Durante evento, também estão sendo ofertadas doses contra outras doenças
Nesta terça-feira (30.04), mais de 3,7 mil índios Fulni-ô da aldeia Sede, no município de Águas Belas, estão sendo vacinados contra a influenza, numa parceria do Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco (DSEI-PE) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Essa população ainda está sendo beneficiada com outros imunizantes inclusos no calendário de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS) para as populações indígenas.
O foco do evento, que também conta com o apoio dos programas de vacinação da V Geres e do município de Águas Belas, está sendo nas crianças menores de 6 anos, mulheres em idade fértil e idosos. Contudo, todos estão sendo beneficiados com a ação, que, além da vacina contra a influenza, também disponibiliza doses contra as hepatites A e B, rubéola, coqueluche, sarampo, caxumba, difteria, febre amarela, entre outras, respeitando as recomendações vacinais
“Com essa ação, estamos fortalecendo a vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis nas aldeias e intensificando as atividades de rotina para completar esquemas de vacinação”, afirma a responsável técnica de Imunização do DSEI-PE, Glauciene Gomes.
“A atualização da caderneta vacinal também é um dos focos da vacinação contra a influenza este ano. Precisamos aproveitar a ida do público aos postos de saúde e em atividades como essa em Águas Belas para fortalecer as nossas coberturas vacinais, diminuindo a ocorrência de algumas doenças e mantendo outras, como a poliomielite, fora de circulação em nosso Estado”, reforça a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina.
CAMPANHA – No caso da vacina de influenza, em todo o Estado, poderão ser imunizados mais de 37 mil indígenas aldeados. Até o momento, 12.153 já estão protegidos (32,45%). Do público total, de 2,6 milhões de pernambucanos, 419.546 (15,8%) já foram vacinados. A campanha de vacinação segue até o dia 31 de maio, sendo 4 de maio o Dia D de mobilização.
Os grupos prioritários que devem se vacinar são: crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas. A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.
Em caso de alergia ao ovo (pessoas que após ingestão apresentaram apenas urticária), não há contraindicação, mas, em quadros clínicos específicos, como alergia grave, é importante que a imunização seja feita em ambiente adequado (local com urgência e emergência) e com supervisão de profissional de saúde que possa reconhecer e prestar atendimento surgindo uma condição alérgica.