terça-feira, 8 de abril de 2014

Em momento de unidade, PT de Pernambuco passará por constrangimentos necessários

PT se reconstroi no estado depois da tragédia eleitoral de 2012

João Paulo foi apresentado como pré-candidato do PT ao senado, na chapa de Armando. Os petistas e o próprio candidato a governador, celebraram a unidade conquistada em Pernambuco, o que é uma meia verdade. A situação eleitoral é que colocou todos no mesmo barco, principalmente os petistas, depois que o rival passou a ser único em nível estadual e federal: Eduardo Campos.

Maurício Rands deixou o PT
Antes desta unidade, em 2012, no Recife, João da Costa foi rifado pelo próprio partido, que não ratificou o resultado da consulta interna, vencida pelo então prefeito. Depois veio a intervenção e os candidatos foram Humberto, com João Paulo na vice. 

Ficaram na terceira colocação. 

O sentimento de traição no PT foi tão grande que Maurício Rands deixou a legenda e se mudou para o exterior. Sentiu-se usado contra João da Costa, que ficou, calou-se, guardou a mágoa e esperou a chuva passar. Não tinha uma administração elogiada, mas tinha ao menos o direito de ser o candidato, e pelo ritmo que chegou ao final do ano, poderia ter surpreendido e sido reeleito. Fernando Ferro e Teresa Leitão ficaram com João da Costa.

Apoio a João da Costa, em momento de partido dividido
Todos sabem que João Paulo e João da Costa passaram mais de quatro anos sem se falar, e agora, prestes a entrar em nova eleição, precisam estar no mesmo palanque. Em seu discurso de lançamento da candidatura, João Paulo fez elogios a João da Costa, que estava ausente.

O PTB de Armando Monteiro foi o primeiro partido a deixar a administração de João da Costa, com estardalhaço, entregando secretarias e dando entrevistas, dificultando ainda mais o que já estava difícil. Está certo que a conjuntura política era outra, mas ainda repercute e tem importância no atual quadro, pois não se sabe se esta mágoa passou, ao menos para a militância, já que as lideranças se uniram no apoio a Armando. Pode ser que o grupo de João da Costa tenha guardado ressentimentos do processo eleitoral? Muito provavelmente, além de outros grupos menores, rifados daquele processo. 

Chegamos a 2014, e o PT dá mostras de que 2012 é página virada, com as lideranças unidas no mesmo projeto, entretanto, na recente recente decisão estadual, 40% dos militantes que votaram, preferiram não se unir com Armando Monteiro, o que mostra que não há a união na base. E aí cabem duas leituras. Uns queriam a candidatura própria para fortalecer o partido, e outros não queriam se unir com Armando Monteiro.
João da Costa vai disputar a eleição de Deputado Federal, e pelo que aparenta, deve confirmar o mandato. Tem ainda grande parcela de fiéis militantes no Diretório Municipal do Recife. Vai pra rua com Armando Monteiro, João Paulo e Humberto Costa, com todos passando o constrangimento do título desta postagem.

Armando conquistou o PT estadual, ao menos as lideranças, porque tratou da sucessão em Brasília, que forçou esta unidade.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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